O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, foi solto nesta quinta-feira (11) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Torres recebeu liberdade provisória, mas terá que cumprir uma série de obrigações, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, a suspensão do porte de arma de fogo, a proibição de deixar o país, de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados no inquérito sobre os atos de 8 de janeiro.
O ex-ministro também não poderá exercer a função de delegado da Polícia Federal e terá que comparecer todas as segundas-feiras à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. Além disso, ele deve permanecer em casa durante a noite e nos finais de semana, além da proibição de deixar a capital federal. Anderson Torres foi preso em 13 de janeiro, assim que desembarcou no Aeroporto de Brasília vindo dos Estados Unidos, onde estava de férias com a família.
Conforme Moraes, a suspeita é que ele tenha se omitido em relação aos atos 8/1 em Brasília, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Torres nega todas as acusações e diz que segue à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.
A decisão de soltura foi baseada no entendimento de que a prisão preventiva é uma medida excepcional e só deve ser decretada quando há risco de fuga, destruição de provas ou de reiteração do crime.