Para os moradores da região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, em Mato Grosso do Sul, manter o controle do tempo se torna um desafio. O motivo é o início do horário de verão no país vizinho, que ocorreu no último domingo (1º). Os paraguaios adiantaram seus relógios em uma hora, enquanto o governo brasileiro, até o momento, descartou a reintrodução dessa medida.
Essa diferença de uma hora no fuso horário entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (Paraguai) deve persistir por quase seis meses, até os dias finais de março. Por causa disso, a população da região, quando a medida vigora, adota uma série de estratégias para evitar atraso, equívoco e até prejuízo.
A Universidad Sudamericana de Pedro Juan Caballero, uma das principais do Paraguai, tem muitos estudantes brasileiros. Desde o primeiro dia de aula no horário de verão, o movimento no campus tem sido conturbado, conforme relato de estudantes que estão constantemente cruzando as fronteiras.
O comércio em Pedro Juan Caballero também precisa se adaptar à diferença de fuso horário para atender seus clientes brasileiros. Quase todas as lojas passaram a abrir mais cedo nesta segunda-feira (2).
A partir de agora, a rotina deve seguir no mesmo ritmo. Com isso, até o encerrar de março, o fechamento das lojas ocorrerá um pouco mais tarde, buscando evitar a perda de clientes e vendas.