A empresa de educação e entretenimento Brasil Paralelo deve receber, na Alerj, a Medalha Tiradentes, que é a maior honraria entregue pelo Poder Legislativo do Estado do Rio de Janeiro.
O deputado estadual Márcio Gualberto (PL) apresentou uma proposta para que o grupo de mídia seja contemplado pela comenda mais importante do parlamento fluminense.
Informações internas da Alerj apontam que a Comissão de Normas Internas e Proposições Externas emitiu parecer favorável à concessão da honraria.
O Conexão Política entrou em contato com o deputado para obter mais detalhes sobre a recomendação. No entanto, até o fechamento desta matéria, não havia sido feito nenhum pronunciamento. O espaço segue aberto para inserção de manifestação oficial.
Brasil Paralelo
Fundada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a empresa de conteúdo foi idealizada em um pequeno espaço de coworking no ano de 2016. À época, no comando do projeto, um trio de universitários: Felipe Valerim; Lucas Ferrugem e Henrique Viana. Cinco anos depois, a empresa chegou ao final de 2021 com números que impressionam até mesmo quem não faz parte do segmento corporativo.
Desde a fundação até 2020, a mediatech obteve mais de R$ 118 milhões em faturamento, sendo considerada um modelo de autossustentabilidade, empregando mais de 200 colaboradores. Somente em 2021 o faturamento ultrapassou R$ 60 milhões. Toda essa estrutura é bancada sem a participação do erário público, o que é algo muito difícil no mercado midiático, e que seus fundadores fazem questão de ressaltar em cada entrevista à imprensa.
Ainda no ano passado, concorreu ao Prêmio Reclame Aqui na categoria “Entretenimento — Serviços de Streaming” contra dois grandes players do mercado: Netflix e Crunchyroll. Na disputa, a Brasil Paralelo conquistou a maior nota de reputação entre os concorrentes.
A BP afirma querer “resgatar bons valores, ideias e sentimentos nos brasileiros”, já se consolidando no mercado de mídia do país. Ao longo de toda a sua história, o grupo já elaborou diversos conteúdos que se chocam frontalmente com o discurso de hegemonia cultural que foi imposto nas últimas décadas. O objetivo é tornar-se o veículo de comunicação mais influente no ecossistema da cultura nacional.
No cenário atual, o grupo conta com cerca de 300 mil assinantes e vislumbra a possibilidade de atingir 500 mil membros até o final deste ano. Para isso, tem investido em lançamentos de peso desde o início do ano, com difusões de novos documentários, filmes e programas, incluindo obras exclusivas no tocante a temáticas como guerra na Ucrânia, eleições e segurança pública.