O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, visitaram no final do mês passado a Ilha de Marajó, no Pará. O objetivo da agenda conjunta, que passou pelos municípios de Breves e Soure, foi estudar o potencial turístico local para propor ações de promoção e infraestrutura para a região, com geração de emprego e renda às comunidades locais.
Turismo
Em Belém, lançaram o Investe Turismo no Estado, programa que visa reunir atores públicos e privados envolvidos nos projetos de gestão integrada e qualificação da rota “Belém, Ilha do Marajó, Santarém e Alter do Chão”.
Em Breves, que fica no sudoeste do arquipélago de Marajó, os ministros se reuniram com prefeitos da região, que se colocaram à disposição para avançar nas pautas dos ministérios do Turismo e da Mulher, Família e Direitos Humanos, e apresentaram algumas demandas para o governo federal.
O ministro Marcelo Álvaro Antônio destacou o encantamento que teve, quando sobrevoou a região em seu deslocamento até a cidade de Breves.
“Aqui tem uma vocação turística das mais belas do Brasil. O turismo de natureza, o ecoturismo, de pesca esportiva são os que mais devem crescer nos próximos 10 anos e precisamos ter uma atenção especial com Marajó”, disse Marcelo Álvaro.
O ministro citou ainda o interesse do presidente Jair Bolsonaro em promover avanços na ilha.
“O presidente determinou que os ministros tenham uma atenção especial e é isso que estamos fazendo: identificando o potencial turístico para promover esse lugar tão belo de nosso Brasil”, afirmou, citando, por exemplo a possibilidade de promover a conexão dos modais de transporte na região.
“Queremos trazer estrutura, gerar emprego. Precisamos diversificar e o turismo tem esse poder”, complementou Álvaro Antônio.
Em visita à praia do Pesqueiro, em Soure, Damares disse: “Que lugar lindo. Povo mais lindo ainda. Vamos trabalhar pelo desenvolvimento da região. Nesse governo ninguém fica para trás”.
Ainda na praia, os ministros Damares e Marcelo Álvaro entraram na dança carimbó.
“Não é todo dia que você vê dois ministros de Jair Bolsonaro dançando carimbó. Estamos em Soure para potencializar o turismo na região. Desenvolver comunidades ribeirinhas também é promover direitos humanos”, disse Damares no Twitter.
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Abrace o Marajó
Pela segunda vez na Ilha de Marajó em cerca de dois meses, a ministra Damares Alves destacou a importância da região e reforçou a necessidade de levar políticas públicas para o povo, que, segundo ela, é dinâmico, guerreiro e extraordinário.
“Estamos organizando uma visita do presidente Bolsonaro a Ilha de Marajó. Vamos apresentar inúmeras ações para essa região nos próximos dias. Todos os ministros estão preparando grandes entregas para esse arquipélago”, enfatizou a ministra Damares.
O projeto ‘Abrace o Marajó’ foi lançado pela ministra em 12 de julho. Inicialmente pensado para o enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, foi ampliado para contemplar o desenvolvimento territorial do arquipélago.
Economia da Ilha
Após encontro com os gestores municipais, a comitiva se deslocou até Soure para visitar algumas rotas turísticas oferecidas aos visitantes.
Primeiro, os ministros estiveram na Fazenda Mironga, que fabrica o Queijo de Marajó, um produto artesanal que é feito há mais de 200 anos no arquipélago. Eles conheceram a criação de búfalos e trataram de possíveis melhorias para o turismo e a economia locais.
Em seguida, conheceram a fábrica de cerâmica marajoara, que produz a mais antiga dentre as artes em cerâmica do Brasil e uma das maiores riquezas da cultura do Norte brasileiro, mundialmente reconhecida.
Violência doméstica
Em Breves e Soure, os ministros Marcelo e Damares visitaram importantes navios da Marinha. Em Breves, estiveram no Garnier Sampaio, e em Soure, visitaram o navio-patrulha Bracuí, onde o ministro do Turismo recebeu o livro “Amazônia Azul” das mãos do vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto, comandante do 4º Distrito Naval, no Pará.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves e o vice-almirante Newton de Almeida Costa Neto assinaram um protocolo de intenções para a implementação da Casa da Mulher Brasileira Itinerante, a ser instalada no Navio Auxiliar Pará e atenderá à região amazônica.
“A Marinha será nossa parceira no enfrentamento à violência doméstica. Também vai levar saúde para as mulheres ribeirinhas”, disse a ministra Damares.
O foco de Damares é o acolhimento de crianças e mulheres vítimas de violência; mas também há planos de ampliar a busca de um diagnóstico de violência contra pessoas com deficiência e idosos.
Exploração sexual
Os ministros Damares Alves e Marcelo Álvaro também instituíram, no Pará, o Código de Conduta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo.
Segundo Damares, no Arquipélago do Marajó, há muitas pessoas se prostituindo no interior de embarcações, em troca de comida ou óleo combustível. Em muitos casos, pais oferecem filhas em troca de alimentos e combustível para sua própria embarcação ou geração de energia elétrica.
“Eu e o ministro Marcelo Álvaro, com o governador Helder Barbalho como testemunha, assinamos em Belém-PA a portaria interministerial do Código de Conduta a empresas e prestadores de serviços turísticos, que por adesão irão proteger crianças e adolescentes da exploração sexual”, disse Damares.
O termo assinado serve para que os estabelecimentos turísticos auxiliem no enfrentamento à violência sexual, especialmente à praticada contra crianças e adolescentes.
“Unimos forças para trabalhar contra a exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo. As empresas que trabalham no setor vão ter que se adequar. Acabou a palhaçada. Criança Protegida”, publicou Damares em seu Twitter.
Projeto futuro
No início de agosto, em visita à Itaipu, a ministra Damares Alves, encantou-se com o projeto esportivo Meninos do Lago – que oferecer aulas de canoagem no contraturno escolar para jovens de 5 a 16 anos de idade, em situação de vulnerabilidade. A ministra afirmou que pretende levar a experiência para regiões ribeirinhas do Brasil e a ideia é fazer um projeto-piloto na Ilha do Marajó.
“Lindo projeto. Quero levar para o Marajó e outras regiões ribeirinhas. Podemos formar atletas de ponta na canoagem, ao mesmo tempo em que formamos seus valores”, comentou Damares.
Há 10 anos, Foz do Iguaçu possui esse projeto. Em 2011, foi criado o Instituto Meninos do Lago (Imel), para regularizar a participação dos atletas formados no Projeto Meninos do Lago, em competições nacionais e internacionais.
Nesses 10 anos de Meninos do Lago, foram atendidos 1.195 atletas. Em 2019, o projeto ganhou um impulso e, hoje, atende seis vezes mais jovens que no ano passado. São 456 atletas ativos e outros 283 em fase de autorização e exames médicos.
Com os resultados em competições, o projeto passou a preparar atletas para a alta performance. O Brasil teve participação histórica nos Jogos Pan-Americanos, realizado em Lima, no Peru, de 26 de julho a 11 de agosto. Dos seis atletas que representaram o País na competição, cinco integram o Imel e treinam no Canal Itaipu. Dois deles foram medalhistas. E em abril deste ano, de olho nas Paraolimpíadas, o Imel abriu 14 vagas para atletas portadores de deficiência física.
Com informações, Agência de Notícias do Turismo/ Ministério do Turismo.