De acordo com dados veiculados pelo jornal Valor Econômico, a Globo Comunicação e Participações, maior grupo de mídia do Brasil, teve faturamento de R$ 12,5 bilhões no ano passado. O montante representa queda de 11% no faturamento de 2019.
O lucro líquido consolidado da companhia, que em 2019 havia sido de R$ 752,5 milhões, caiu em 77,7%, registrando R$ 167,8 milhões. Segundo um comunicado da emissora, a redução no lucro é devido ao “efeito da desvalorização do real sobre a dívida em dólar da empresa, sem efeito caixa”.
Conforme já noticiado pelo Conexão Política, a crise que ronda os setores de audiência, contratos, elencos e negociações do grupo parece estar longe de chegar ao fim.
A empresa da família Marinho, que recentemente interrompeu a produção de conteúdo próprio (como novelas), também sofreu revés nos direitos sobre a Libertadores, principal torneio de clubes da América do Sul e, no início de março, amargou mais uma derrota histórica ao perder a exclusividade da Liga dos Campeões, considerado o maior campeonato de futebol da Europa.
Na última terça-feira (23), a Globo emitiu a seguinte nota: “Em decorrência do agravamento da crise pandêmica e das medidas restritivas estabelecidas pelas autoridades locais, a Globo se antecipou e definiu que, a partir de hoje, dia 23 de março, as gravações das obras de dramaturgia serão interrompidas. Séries e novelas só deverão voltar a gravar no dia 5 de abril, ao final do prazo decretado pelas prefeituras do Rio de Janeiro e São Paulo”.