Conforme noticiado mais cedo pelo Conexão Política, o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), do Ministério Público do Rio (MPRJ), juntamente com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) realizam, nesta quinta-feira, 14 de maio, mais uma etapa da Operação Lava-Jato.
Além do empresário Marcio Peixoto, também foi preso o ex-deputado estadual do Rio, Paulo Melo, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Ao todo foram expedidos cinco mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias. A ação foi batizada de Favorito.
De acordo com o MP, a organização criminosa praticou o crime de peculato ao desviar os R$ 3,9 milhões.
Os valores foram repassados a uma organização social (OS) pela Secretaria Estadual de Saúde, para a administração de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O desvio do dinheiro foi feito por meio de pagamentos superfaturados a uma empresa responsável pelo fornecimento de alimentação às unidades de saúde.
As investigações concluíram que a organização social recebeu, desde 2012, um montante superior a R$ 763 milhões do Fundo Estadual de Saúde do Rio de Janeiro para a gestão das unidades.
Segundo a PF, o grupo era capitaneado por empresários que, por meio de pagamento de vantagens indevidas à conselheiros do Tribunal de Contas Estadual, deputados estaduais e agentes públicos, se tornou um dos principais fornecedores de mão de obra terceirizada para o governo do Rio de Janeiro e órgãos relacionados.
Mário Peixoto foi delatado por Jonas Lopes Neto, filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes.
Segundo Neto, o empresário pagou uma mesada de R$ 200 mil para o TCE entre os anos de 2012 e 2013.