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A força-tarefa da Operação Lava Jato reafirmou que não tem dúvida de que os recibos de aluguel entregues pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva são ideologicamente falsos. Os documentos são de um apartamento vizinho ao do petista, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
De acordo com a força-tarefa, a construtora Odebrecht teria pago vantagem indevida a executivos da Petrobras e a agentes políticos em contratos da estatal.
Parte da propina seria destinada ao ex-presidente Lula em uma espécie de “conta corrente geral de propinas”, chamada de “Programa Especial Italiano”.
Os valores da conta foram usados para comprar um imóvel destinado ao Instituto Lula, em São Paulo, e para comprar um apartamento em São Bernardo do Campo, que fica ao lado de onde mora o petista e é usado pelos seguranças dele.
Segundo a denúncia, o imóvel na região metropolitana de São Paulo foi adquirido por um “laranja”, Glaucos da Costamaques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
Em depoimento à Justiça, Costamarques declarou que apesar do contrato de locação ser de 2011, ele só passou a receber os aluguéis no final de 2015, quando ocorreu a prisão cautelar de Bumlai, na Operação Lava Jato. A defesa de Costamarques admite que apesar de não ter recebido os valores, assinou os recibos. Parte deles, quando estava hospitalizado.
Para o MPF, além de não existir movimentação financeira a respeito do pagamento do aluguel, erros nas datas nos recibos sobre a veracidade dos documentos.
Em um dos recibos, consta que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta no começo do ano passado, pagou R$ 4.170, referente ao aluguel “vencido no dia 31 de junho de 2014”. Ocorre que o mês de junho se encerra no dia 30.
Outro erro igual ocorre no recibo de novembro 2015, mês que também não tem 31 dias.