A Polícia Federal cumpre nesta sexta (29) mandados de busca e apreensão em duas sedes de escritórios de advocacia integrados por investigados na Operação Appius. A primeira etapa da investigação foi desencadeada no último dia 7 para investigar supostas propinas pagas pela empreiteira Camargo Corrêa a agentes públicos com o objetivo de suspender e anular a Operação Castelo de Areia.
A Castelo de Areia investigava suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e repasses ilícitos para políticos, não só em épocas eleitorais, envolvendo três executivos da Construtora Camargo Corrêa.
A primeira fase da operação acabou atingindo ainda o antigo escritório de advocacia de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça do Governo Lula, que teve seu sigilo bancário e fiscal quebrado por ordem da Justiça Federal.
Em nota, a Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no Estado de São Paulo disse que “as diligências realizadas hoje, autorizadas pela Justiça Federal em São Paulo, mostraram-se necessárias diante de circunstâncias atípicas verificadas durante o cumprimento de outras medidas investigativas, como por exemplo a ausência de computadores na(s) residência(s) do(s) advogado(s) investigado(s), embora ali houvesse impressoras, cabos de rede e de energia e monitores, além da formatação de celulares com apagamento de dados e de outros fatos que denotaram possíveis ações de ocultação de elementos relevantes à apuração.”
As medidas estão cumpridas com o acompanhamento de representantes da OAB.