Todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) do País estão aptos a realizar o exame para o coronavírus chinês. Após passar por capacitações, os profissionais de saúde que atuam nos laboratórios dos 26 estados e do Distrito Federal já estão preparados para realizar o diagnóstico da doença. Com a medida, o Ministério da Saúde pretende descentralizar o processo de testagem para o coronavírus chinês para todo o Brasil. As capacitações tiveram início em fevereiro deste ano e terminaram nesta semana, em Belém (PA).
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, ressaltou que capacitar os laboratórios é investir na segurança dos pacientes e na saúde do País. “Este é o ano dos laboratórios, pois eles fazem parte do sistema nervoso do sistema de vigilância em saúde. Vamos revitalizar os laboratórios, com mais automação, mais possibilidades de garantir resultados eficientes e precisos. O cidadão tem direito de receber o resultado do exame de forma mais rápida e eficaz e, para isso, precisamos de qualidade técnica”, destacou.
A ação do Ministério da Saúde faz parte do plano de trabalho para aumentar o poder de diagnóstico qualificado para além dos laboratórios de referência no País. Entre eles, a Fiocruz, no Rio de Janeiro, o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e o Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.
Para o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Alberto Beltrame, o trabalho do Ministério da Saúde tem conseguido unir o sistema de saúde em uma só missão: o enfrentamento ao coronavírus. “O Brasil já enfrentou várias emergências, mas enfrentar emergência com o País tentando se reerguer é um desafio. E estamos conseguindo. Precisamos que as pessoas cumpram as medidas não farmacológicas para não sobrecarregar o sistema de saúde. Quando falamos para a pessoa ficar em casa, o recado é que, com isso, ela ajuda o sistema de saúde, porque interrompe o ciclo de transmissão da doença”, reforçou.
Testes diagnósticos
Atualmente, os testes de diagnóstico para o coronavírus chinês são produzidos pelo Instituto Bio-Manguinhos, órgão vinculado a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com uma produção semanal, o instituto chega a fabricar de 3,5 mil a 4 mil testes a cada três dias. A instituição segue as boas práticas de produção de insumos para diagnóstico. Os testes são distribuídos semanalmente para os estados.
Distribuição de testes
Até a terça-feira (17), o Instituto Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já distribuiu, para os 26 estados e o Distrito Federal, 17.936 reações para o coronavírus chinês.
Com informações do Ministério da Saúde