Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, afirmou na segunda-feira (10) que a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, pode ser uma forte candidata à Presidência da República pelo partido nas eleições de 2030. A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa, realizada no evento de filiação de Lyra ao PSD, após sua saída do PSDB.
Kassab expressou confiança no futuro político de Raquel, afirmando que, com sua reeleição em 2026 em Pernambuco, o Brasil começará a enxergar a governadora como uma possível candidata à Presidência. Além disso, o cacique do PSD anunciou a nomeação de Raquel Lyra para a presidência estadual do partido, sucedendo André de Paula.
O presidente do PSD também destacou o papel de Raquel como uma das figuras femininas mais influentes da política brasileira e manifestou otimismo em relação à sua reeleição ano que vem.
O evento em Recife contou com a presença de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que são filiados ao PSD, como Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e André de Paula (Aquicultura e Pesca). Também estiveram presentes as senadoras Eliziane Gama (MA) e Zenaide Maia (PB), ambas do PSD.
A presença dos ministros e aliados do governo federal sinalizou o desejo de Raquel Lyra de estreitar os laços com o Planalto. Nos últimos meses, a governadora tem se aproximado de Brasília, intensificando negociações com o ministro Rui Costa (PT), com quem mantém uma boa relação.
Em Pernambuco, a divisão interna do PT é evidente, já que enquanto a ala estadual apoia Lyra, o diretório municipal mantém uma aliança com João Campos. A saída de Raquel do PSDB é vista como reflexo da crise dos tucanos em nível nacional.
No PSD, Lyra terá acesso a mais recursos partidários, considerados essenciais para sua campanha de reeleição em 2026. Outro ponto positivo para a governadora é o tempo de televisão, visto que o PSD conta com 42 deputados federais, a maior quantidade de prefeituras no país e a maior bancada no Senado, o que proporcionará uma visibilidade muito maior, especialmente em uma eventual disputa com João Campos, que deve unir a esquerda em uma grande coligação.