Um grupo de juristas protocolou uma denúncia contra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro na Comissão de Ética da Presidência da República, informa o R7.
Entre os motivos, está a suposta negociação pela indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) que teria ocorrido entre Moro e o presidente Jair Bolsonaro.
Em um dos trechos divulgados, o documento diz:
“O primeiro dos atos antiéticos ora imputados ao denunciado (Moro) consiste na conduta, suscitada pelo presidente da República, de exigir sua indicação para a vaga de ministro do STF, em troca da continuidade do cargo de ministro de Estado da Justiça.”
Ainda no texto, os autores da denúncia também afirmam que Moro aceitou vantagem ou promessa de vantagem sobre o pagamento de uma pensão à família do ex-ministro caso o próprio morresse durante sua gestão à frente do Ministério da Justiça.
“O próprio Moro declarou na entrevista em que externou seu pedido de demissão, afirmou que a única condição que fez foi um pedido de pensão à sua família se algo ruim lhe acontecesse.”
Por fim, solicitam a sanção de censura ética a Moro e que as conclusões do procedimento sejam enviadas ao MPF (Ministério Público Federal).
O documento é assinado pelos advogados Celso Antônio Bandeira de Mello, Lenio Luiz Streck, Caroline Proner, Marcelo da Costa Pinto Neves, José Geraldo de Souza Junior, Kenarik Boujikian, Antonio Gomes Moreira Maués, Vera Lúcia Santana Araújo, Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira, Gisele Guimarães Cittadino, Geraldo Prado, Weida Zancaner Bandeira de Mello, Fabio Roberto Gaspar e Marco Aurélio de Carvalho.
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