Por: Bernardo Santoro
Sobre a intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, acho uma atitude populista e pouco prática.
Ainda que se aumente o contingente de agentes de segurança na rua, o que é algo sempre bom, os principais problemas não vão ser minimamente enfrentados.
Vai ter intervenção no Código de Processo Penal e na Lei de Execução Penal, os dois diplomas penais que enchem os meliantes cariocas de “direitos dos manos”?
– Não.
Vai ter intervenção no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que maximiza a interpretação dos diplomas legais acima para soltar todos os meliantes que foram presos pela PM e PC?
– Não.
Vai ter intervenção no MP do Rio, cada vez mais esquerdizado e focado menos em fazer seu trabalho criminal e mais em fiscalizar a liberdade de gente de bem aplicando leis civis regulatórias que sufocam de burocracia o empresariado fluminense?
– Não.
Vai ter intervenção nas faculdades de direito do Estado do Rio, que estão regurgitando no mercado de trabalho da segurança pública um monte de militantes petistas e psolistas?
– Não.
Vai ter intervenção para garantir o pagamento justo e em dia dos PMs, PCs e BMs do Estado, que recebem um salário defasado e atrasado?
– Não.
Vai ter intervenção para garantir que menores infratores não se escudem no ECA para praticarem crimes impunemente?
– Não.
Vai ter intervenção pra garantir que a OAB pare de promover ações políticas em defesa dos meliantes e contra a ordem pública?
– Não.
Vai ter intervenção para impedir que os donos da cultura do Rio, o conglomerado Globo/PSOL, continuem a promover ações de defesa dos direitos dos manos e destruição dos valores tradicionais da nossa sociedade?
– Não.
Vai ter intervenção para declarar como quadrilha os grupos políticos da antiga aliança PT/RJ-PMDB/RJ, que destruíram economicamente o Rio e saquearam os cofres estaduais?
– Não.
O resultado disso é que, no momento em que a intervenção e o patrulhamento ostensivo e reforçado acabarem, essa panela de pressão explode outra vez.
Ou se ataca o problema estrutural do Rio de Janeiro, através de uma mudança cultural e institucional daqui, ou vamos continuar patinando nessa hipocrisia, pobreza e violência sem limites.