No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entre os parlamentares da base aliada no Congresso Nacional, há divergências quanto à possível nomeação de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara dos Deputados, para um cargo ministerial.
Parlamentares petistas alinhados à ala mais ideológica temem que essa movimentação possa desgastar a relação do governo com o eleitorado do PT e de Lula. Já os integrantes da ala política avaliam que trazer Lira para algum ministério poderia consolidar uma base mais estável no Congresso, visão que também inclui a possibilidade de ampliar a presença de partidos de centro na Esplanada dos Ministérios.
O PP, partido de Lira, já deu sinais de que buscará mais espaço no governo a partir de 2025. Fontes ligadas à sigla indicam que há interesse em disputar ministérios de maior relevância, como Saúde ou Agricultura. Atualmente, a legenda ocupa apenas o Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP-MA).
Internamente, Arthur Lira mantém sua posição futura em aberto, deixando margem para negociações políticas após o término de seu mandato como presidente da Câmara, em fevereiro.
Conforme apurado pelo Conexão Política, eventuais alterações na composição ministerial só devem ocorrer após as eleições no Legislativo, previstas para 1º de fevereiro. Nos bastidores, a articulação do PP para garantir maior protagonismo no governo já está em andamento.