O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou o arquivamento do inquérito que investigava uma suposta ‘rachadinha’ no gabinete do deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP).
De acordo com o promotor do caso, Ricardo Manuel Castro, que promoveu o arquivamento da apuração, não há provas sobre a existência de um esquema de desvios de salários.
Aberto em outubro de 2019, o inquérito foi motivado pela denúncia do ex-assessor de Gil Diniz, Alexandre Junqueira, que acusou o parlamentar de manter um funcionário fantasma na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O deputado, por sua vez, sempre negou as acusações. Durante a fase de investigação, houve quebra de sigilo bancário de Gil Diniz e seus funcionários do gabinete.
“Mesmo mediante o afastamento do sigilo bancário do investigado [Gil] e de todos os seus assessores, não se obteve êxito na comprovação da irregularidade descrita na representação”, escreve o promotor.
Ainda de acordo com o representante ministerial, não há necessidade de mais diligências sobre o caso, por se tratar de um assunto “sem prova robusta, ou sequer indícios contundentes desse repasse de valores”.
Agora, cabe ao Conselho Superior do Ministério Público a confirmação do encerramento das investigações – com o arquivamento definitivo do caso, ou solicitação de novas diligências nas apurações para que o feito prossiga.
Após a manifestação do MP pelo arquivamento, Gil Diniz afirmou que sempre colocou seu sigilo à disposição da investigação.
“A denúncia do ex-assessor tinha por objetivo atacar o presidente Jair Bolsonaro e sua família”, disse.
O parlamentar afirma que foi ‘usado’ no caso em razão de sua proximidade com o chefe do Executivo e os filhos dele.
“Estou tomando todas as medidas jurídicas para que o autor dessa falsa denúncia seja punido exemplarmente”, completou.