A Índia desenvolveu e aprovou duas vacinas para uso emergencial restrito contra a covid-19, a Covishield e a Covaxin.
A Covaxin, da Bharat Biotech, é a primeira vacina oriunda da Índia contra o vírus chinês, e foi desenvolvida em colaboração com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR) e o Instituto Nacional de Virologia. A vacina será administrada em duas doses e armazenada entre 2-8 graus Celsius. Embora o DCGI (órgão Regulador Geral de Drogas da Índia) não tenha esclarecido os intervalos entre as injeções, a Bharat Biotech havia dito anteriormente que a eficácia deve ser determinada apenas 14 dias após a segunda dose.
Já a Covishield foi desenvolvida pela Oxford University em colaboração com a AstraZeneca, tendo o ‘Serum Institute of India’, sediado em Pune, como seu parceiro de fabricação e teste, com eficácia esperada de 70,42%.
O governo indiano anunciou que a vacina será gratuita para toda a sua população.
“Uma virada decisiva para fortalecer uma luta vigorosa! O DCGI concedendo aprovação para vacinas de @SerumInstIndia e @BharatBiotech acelera o caminho para uma nação mais saudável e livre da COVID. Parabéns Índia. Parabéns aos nossos cientistas e inovadores dedicados”, escreveu o líder indiano Narendra Modi.
A decisive turning point to strengthen a spirited fight!
DCGI granting approval to vaccines of @SerumInstIndia and @BharatBiotech accelerates the road to a healthier and COVID-free nation.
Congratulations India.
Congratulations to our hardworking scientists and innovators.
— Narendra Modi (@narendramodi) January 3, 2021
Nos últimos anos, a Índia emergiu como o centro global de vacinas, com Hyderabad, Mumbai e Ahmedabad surgindo como centros de fabricação para empresas farmacêuticas globais. Hyderabad, em particular, se destaca no início deste mês, com 60 enviados visitando as instalações de fabricação de vacinas da Bharat Biotech e Biological E.
A Índia pretende contribuir com cerca de 60-70% do fornecimento global de vacinas. “Em meados do próximo ano, teremos várias vacinas contra a Covid para uso global”, disse Krishna Ella, presidente e diretor administrativo da Bharat Biotech.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, havia prometido anteriormente: “ajudar toda a humanidade” contra a pandemia de Wuhan. Embora a Índia compreensivelmente vacine sua população antes de fornecê-la a outras nações, a Índia já tem um plano em vigor no que diz respeito à exportação de vacinas. Hyderabad tem a infraestrutura médica para atender a um terço da demanda global de vacinas, com o ‘Serum Institute of India’ (SII) já produzindo mais de 1,5 bilhão de doses por ano.
O SII deve produzir 200 milhões de doses de Covishield até o final de janeiro, com a empresa também reservando 50% de qualquer quantidade que “fabricam para países de baixa e média renda” e limitou o preço por unidade de uma dose a $ 3.
O ministro das Relações Exteriores da Índia, Harsh Vardhan Shringla, havia anunciado anteriormente que “a primeira prioridade será para nossos vizinhos mais próximos, nossos amigos”, enquanto assegurava ao Nepal, Bangladesh e Mianmar a cobertura sob o guarda-chuva de vacinas da Índia.