O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Alex Machado Campos, disse que houve má-fé, desrespeito e abuso por parte da delegação da seleção argentina, no episódio que levou o encerramento do jogo de ontem (5) contra o Brasil pelas eliminatórias da Copa do Mundo.
De acordo com o regimento sanitário brasileiro, viajantes estrangeiros que tenham acessado o território do Reino Unido, África do Sul e Índia, nas últimas duas semanas, estão impedidos de ingressar no Brasil. A medida visa, segundo as autoridades, evitar a disseminação da variante delta do coronavírus.
Os quatro jogadores argentinos, contudo, prestaram informações falsas e incompletas para não serem impedidos.
“Na minha opinião, houve deliberada má-fé, e depois uma reiteração de desrespeito não só à agência, mas às autoridades sanitárias do país, à Secretaria de Saúde de São Paulo, que atuou em conjunto com a Anvisa. Eles deliberadamente resolveram não cumprir a quarentena”, pontuou o diretor da Anvisa.
Ainda segundo ele, houve algumas tentativas para solucionar a situação antes do início do jogo, visando impedir a atuação os quatro jogadores que estavam de forma irregular.
“O cara mentiu. Depois vai para a quarentena, não vai. Fica no discurso de que vai conseguir uma excepcionalidade. Vai até o jogo, peitando, desafiando, desrespeitando, e escala os jogadores. É um abuso o que aconteceu. Infelizmente culminou com o fim do jogo, que não era o que queria a Anvisa. A Anvisa queria apenas segregar os quatro jogadores”, acrescentou.