Um homem foi espancado e morto por dois seguranças de uma unidade do supermercado Carrefour.
O caso aconteceu na noite desta quinta-feira (19), em Passo d’Areia, Zona Norte de Porto Alegre/RS.
De acordo com informações preliminares, o ocorrido foi precedido por uma briga verbal dentro do estabelecimento com os seguintes envolvidos: uma funcionária, um segurança de uma empresa terceirizada e um PM temporário.
O homem, identificado como João Alberto Silveira Freitas, estava com a esposa e fazia compras no local, teria ameaçado agredir a funcionária, que chamou a segurança.
O PM temporário e o segurança teriam encaminhado João para fora do estabelecimento.
Há duas versões conflitantes sobre a situação.
O relato acima conflita com descrições de testemunhas, que afirmam que os seguranças seguiram a vítima na saída e começaram a espancá-lo.
As imagens da agressão foram gravadas e circulam nas redes sociais.
Os dois suspeitos, um de 24 anos e outro de 30 anos, foram presos em flagrante. Um deles é policial militar, enquanto o outro é segurança da loja.
A investigação trata o crime como homicídio qualificado.
https://youtu.be/GLtfEBanq-8
Veja a íntegra da nota do Carrefour
“O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário. O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente. Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais.”
Veja a íntegra da nota da Brigada Militar
“Imediatamente após ter sido acionada para atendimento de ocorrência em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM temporário, cuja conduta fora do horário de trabalho será avaliada com todos os rigores da lei. Cabe destacar ainda que o PM Temporário não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante convênio ou instrumento congênere, guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos. A Brigada Militar, como instituição dedicada à proteção e à segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores que a Instituição pratica e exige de seus profissionais em tempo integral.”