No sábado (28), o grupo terrorista islâmico Boko Haram, que tem os cristãos como alvo repetidamente de suas milícias sedentas de sangue que operam no norte da Nigéria, agora atacou diaristas por “ferir seu orgulho”.
Um grupo de trabalhadores rurais que fazia a colheita de arroz no estado de Borno, no extremo nordeste da Nigéria, prendeu um militante do Boko Haram que os perseguia. Em resposta, o grupo terrorista apareceu e matou 110 trabalhadores. As mãos das vítimas estavam amarradas atrás das costas e eles tinham a garganta cortada. Além disso, estima-se que 15 mulheres foram sequestradas pelo grupo terrorista islâmico. O grupo é conhecido por sequestrar meninas nigerianas e praticar o estupro, outras formas de violência e escravidão.
Ataques descarados como este se encaixam em um padrão de escalada de violência do Boko Haram e do ISWAP, um grupo terrorista concorrente que opera na Nigéria. Esse padrão também é visível em outros países da região. O governo nigeriano afirmou que derrotou “tecnicamente” esses grupos terroristas, mas, na realidade, isso significa que eles tentam evitá-los. Há temores de que cada vez mais o domínio do interior do Norte do país esteja à mercê desses terroristas islâmicos.
Um efeito muito urgente desses ataques é uma ameaça à segurança alimentar. Os trabalhadores não ousam mais sair para seus campos com medo de serem assassinados. Mas se eles não saírem, não haverá comida para suas famílias e nenhuma renda para eles. Ataques terroristas como este minam diretamente a capacidade da região de alimentar seu povo e ameaçam a estabilidade da região. É dessa volatilidade que os grupos terroristas prosperam e que lhes traz novos recrutas.
O governo nigeriano não se mostrou disposto a defender os cristãos que sofrem constantemente desses ataques. Agora que a atividade terrorista está ameaçando mais pessoas além de cristãos e o suprimento de alimentos do país, espera-se que o governo mude de atitude.
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