Na manhã deste sábado, 30, um grupo de manifestantes se reuniu em frente à sede do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (MG), para protestar em apoio ao jogador de vôlei Maurício Souza.
O atleta, conforme noticiamos, foi demitido do clube após tecer críticas ao anúncio feito pelos produtores de Super-Homem — figura fictícia de histórias em quadrinhos — de que o personagem revelará ser bissexual no próximo lançamento.
O jogador, ao fazer uso de sua liberdade de expressão — direito legítimo e garantido pela Constituição — teceu críticas em torno do assunto.
“Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”, escreveu Maurício nas redes sociais.
Na sequência, o texto opinativo viralizou — despertando acusações de intolerância e homofobia. Como resultado, com forte repercussão, patrocinadores e ativistas pressionaram o Minas Tênis Clube, que decidiu demitir o jogador.
A dispensa, é claro, gerou ainda mais polêmica e dividiu opiniões de atletas e famosos na web.
Maurício chegou a se desculpar publicamente sobre a postagem, afirmando não ter a intenção de ofender a comunidade LGBT. Ainda assim, a retratação não foi aceita pela militância e representantes de grupos de minorias, que continuaram pedindo punições em torno do caso.
Contrários à dispensa
Nas ruas, em gesto de repúdio, manifestantes defenderam o jogador. O grupo era composto majoritariamente por sócios do clube.
De acordo com eles, o Minas realizou um ‘julgamento ditatorial’ em torno do caso.
Além de demonstrarem apoio ao jogador, os manifestantes exigiram maior participação nas decisões tomadas pela diretoria do clube. Durante o ato, uma grande faixa foi estendida, com as seguintes palavras: “Minas Tênis Clube, todos os associados têm que ter vez e voz”.
Os protestos encerraram horas antes da estreia da equipe na principal competição de vôlei do país. Na noite de hoje (30), o Minas joga contra o time São José, no ginásio da Rua da Bahia, em Belo Horizonte.