Segundo informação da Folha de São Paulo, a secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro tornou sigilosos, nesta última quinta-feira (9), os processos administrativos das contratações emergenciais no combate à Covid-19, que chegam a R$ 1 bilhão sem licitação.
A medida foi tomada após o jornal registrar ontem (9) que, mesmo com um histórico de má gestão, a organização social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), foi contratada para construir e administrar os 1.400 leitos dos sete hospitais de campanha do Rio.
A contratação teria sido no valor de R$ 835 milhões.
Além da contratação do Iabas, também se tornaram sigilosos processos que tratam da compra de respiradores, máscaras, testes rápidos, entre outros equipamentos para o combate à pandemia.
A reportagem identificou onze processos, cujos papéis não estão mais disponíveis como antes.
Somados, eles perfazem um gasto de R$ 1 bilhão.
O secretário de Saúde, Edmar Santos, disse que as contratações emergenciais estão sendo conduzidas de forma transparente e sob auditoria externa.
“Sempre fui e estarei preocupado com a transparência. Pedi que, tanto a Alerj, como o TCE e o Ministério Público, e a própria Corregedoria do Estado, já comecem um processo de auditoria em tempo real dessas licitações para que a transparência possa acontecer. Qualquer erro documentado será corrigido. Qualquer coisa fora do habitual, medidas serão tomadas para sanear sem qualquer pudor em relação a isso”, afirmou o secretário.