Nesta quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro e a primeira dama Michelle Bolsonaro estiveram presentes à inauguração da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu/PA. A solenidade foi marcada pelo acionamento da última unidade geradora, a 18ª Unidade Geradora da Casa de Força Principal da Usina, que assegura 11.233,1 megawatts (MW) de capacidade instalada, a maior hidrelétrica 100% brasileira e a quarta maior do planeta.
O Governo Federal também pretende dar sinal verde para a construção de novas usinas hidrelétricas. A informação é do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ao discursar na solenidade de inauguração da Usina Hidrelétrica.
“Os investimentos realizados para a implantação de Belo Monte movimentaram a economia local e nacional. Continuaremos a trabalhar juntos com os demais ministérios, estados, municípios e órgãos envolvidos para construir novas usinas hidrelétricas, que, a exemplo desta, trazem segurança para o sistema elétrico, energia limpa, barata e de qualidade para garantir o desenvolvimento regional e nacional”, anunciou o ministro.
Bento Albuquerque, que considera a conclusão da hidrelétrica um marco histórico para o País, falou sobre os desafios e superações enfrentados ao longo da construção “deste gigantesco empreendimento de engenharia, que possui 11.000 (onze mil) MW de geração de energia limpa e renovável, que se somam à nossa matriz de energia elétrica, considerada a mais limpa e diversificada”.
Ele destacou que, para transmitir a energia de Belo Monte para os centros consumidores, foram construídas as maiores linhas de transmissão do País, em que uma delas é a segunda mais longa do mundo, conectando o Pará ao Rio de Janeiro e a Minas Gerais. Em sua fala, também salientou que a produção de energia de Belo Monte representa 7% da capacidade total da produção brasileira.
“Com todas as unidades geradoras da usina funcionando simultaneamente, ela é capaz de suprir 10% da demanda do mercado nacional”, afirmou o Ministro.
Benefícios sociais e impactos ambientais
O ministro de Minas e Energia comentou os diversos benefícios com a construção de Belo Monte, como a geração de mais de 30 mil empregos diretos e da realização de mais de cinco mil ações socioambientais nos municípios da região, com aplicação de mais de R$ 6 bilhões.
“Durante toda a obra e, de agora em diante, por toda a operação, os programas socioambientais continuarão sendo executados, fiscalizados e acompanhados pelos órgãos ambientais, sempre buscando reduzir impactos sobre o meio-ambiente e maximizar os resultados para a sociedade”, ressaltou Bento Albuquerque.
Belo Monte
Instalada no rio Xingu, Belo Monte aumentou significativamente a eficiência, bem como conferiu maior proteção social e ambiental por meio de medidas como a redução da área alagada, passando de 1.225 para 478 km². É composta por duas Casas de Força, onde estão instaladas 24 Unidades Geradoras (UGs). Na Casa de Força Principal são 18 Unidades de 611,11 MW, sendo que cada uma delas é capaz de gerar energia para alimentar uma cidade com 1,5 milhão de habitantes. Na Casa de Força Complementar estão outras seis Unidades menores, com 38,85 MW cada.
Belo Monte é classificada como uma “usina a fio d’água”, e conta com dois reservatórios interligados por um Canal de Derivação com 20 quilômetros de extensão. Este novo arranjo garantiu que nenhuma terra indígena fosse alagada pelo empreendimento. O Reservatório Principal possui 359 km2, sendo que 228 km2 já eram a própria calha do rio Xingu. Já o Reservatório Intermediário abrange 119 km².
Com o intuito de reduzir o impacto ambiental, o reservatório principal do empreendimento, formado na calha do rio Xingu, foi concebido à fio d’água, uma tecnologia moderna e preservacionista que atende aos mais rígidos princípios de sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e as comunidades do entorno.
Com informações, Ministério de Minas e Energia e Norte Energia.