O ministro da Justiça, Sergio Moro, revogou o status de refugiado político de três criminosos paraguaios que residiam no Brasil desde 2003 e foram requeridos pelo Paraguai por eles terem participado do sequestro da esposa de um empresário em 2001, informou o presidente Jair Bolsonaro em seu Twitter nesta terça-feira (23).
“O Ministro Moro retirou o status de refugiado, concedido pelo governo Lula (2003), para três terroristas do Exercito do Povo Paraguaio (EPP). Voltarão para seu país e pagarão pelo seus crimes, a exemplo de Cesare Battisti, preso na Itália”, tuitou o presidente paraguaio Marito Abdo, referindo-se ao ministro da Justiça Sergio Moro.
Juan Arrom, Anúncio Martí e Víctor Colman perderam o status de refugiados após a decisão do ministro Moro, informou o promotor paraguaio para assuntos internacionais Manuel Doldán Breuer também no Twitter.
Os criminosos em questão fugiram para o Brasil em 2003 e se declararam militantes de esquerda perseguidos pelo governo paraguaio.
A justiça paraguaia exige sua volta por suspeita de terem participado, em 2001, do sequestro de Maria Edith de Debenardi, esposa do empresário Antonio Debenardi e nora do primeiro presidente da Itaipu Binacional, Enzo Debenardi.
Arrom e Martí eram líderes do movimento político de esquerda Pátria Livre, cujas fileiras teriam resultado em um braço armado chamado Exército do Povo Paraguaio (EPP), segundo autoridades paraguaias.
“O Brasil não será mais refúgio para estrangeiros acusados ou condenados por crimes comuns (no caso, extorsão mediante sequestro), seja de Battisti, Arrom, Martí ou de outros. A nova postura é de cooperação internacional e respeito a tratados. Aqui não é terra sem lei”, comentou Moro ao retuitar o presidente Marito Abdo, que falou sobre o caso mais cedo.