Nos últimos cinco dias, o General Paulo Chagas, que fez carreira em Brasília e está na reserva há 12 anos, após 38 anos de serviço militar, usou o Twitter para se posicionar em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Chagas afirmou, com todas as letras, que não confia na Suprema Corte Brasileira.
As declarações provocaram fortes reações nas redes sociais.
“Não é sem razão, nem tampouco sozinho, que o jornalista José Nêumanne Pinto afirmou ao ministro Marco Aurélio Mello que não confia na nossa Suprema Corte! Eu também não confio!”, escreveu.
Para ele, os ministros são os principais responsáveis pela perversão das instituições.
“Os ministros do STF devem ser os principais alvos do inquérito mandado instaurar por Dias Toffolli. Eles são os grandes responsáveis pelas agressões e pela desmoralização das instituições republicanas. A Suprema Corte é o único poder que ainda guarda vínculo total com a “era pós moral” iniciada no final dos anos 80. Cabe ao Senado Federal o dever constitucional e patriótico de limpar o STF de todos que ainda guardam vínculos com esse tempo”, disse.
Em outra publicação, o militar enfatiza a importância da pressão popular para que investigações sobre os ministros avancem.
“A pressão popular sobre os ministros do STF está surtindo efeito. Se quem não deve não teme, por que Gilmar Mendes e Toffolli estão tão agressivos? O desespero indica que estamos no caminho da verdade!”, pontuou.
Chagas destacou que não é cético em relação a Justiça brasileira e afirmou que ainda existem magistrados que honram seu papel como representantes da nação.
“Ainda há juízes no Brasil e a Justiça brasileira não é o STF! Eles são maiores do que os supremos ministros e a LAVA-JATO não é tão débil que possa ser morta pelo STF! Moro, Dallagnol e a bancada da lei e da ordem no Congresso, em nome do povo, vencerão a corrupção e a impunidade!”.
Em seguida, veiculou outro texto.
“Guardo sincera esperança de que ao conjunto dos 11 ministros do STF prevaleça a isenção e os exemplos dos grandes e verdadeiros juristas que por lá já passaram, antes que, ao arrepio ou não da Constituição, um Tribunal de Exceção tenha que ser criado para ajudá-los e fazer-lhes a vez.”
E finalizou dizendo:
“A Incompetência, a Arrogância, a Irresponsabilidade e o Desrespeito dos atuais ministros do STF para com a lógica da Justiça são as melhores provas do seu comprometimento ideológico e/ou moral com a canalha presa ou a ser presa por corrupção.”
Como general, Paulo Chagas liderou a 7ª Brigada de Infantaria Motorizada (Natal/RN), condiziu o Gabinete do Estado-Maior do Exército (EME), a Seção de Adidos Militares acreditados no Brasil e no exterior e a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército (Assuntos Internacionais).
Articulou ativamente as atividades de delegações do Exército Brasileiro em conferências bilaterais, foi secretário-geral da Conferência dos Exércitos Americanos como 5º subchefe e chefe da Equipe Militar Brasileira nos Campeonatos Mundiais Militares de Equitação