Em 2019, a Câmara dos Deputados pagou R$ 11,9 milhões para custear passagens aéreas, diárias e adicionais para viagens oficiais de parlamentares e servidores.
O valor representa um aumento de 50,3% em relação às despesas de 2018, quando foi registrado gasto total de R$ 7,9 milhões.
Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e representaram valores já corrigidos pela inflação.
As missões oficiais são viagens feitas por deputados ou servidores que participam de eventos relacionados ao trabalho do Legislativo ou a assuntos tratados no parlamento.
Essas viagens precisam de autorização do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e as despesas não são contabilizadas dentro do valor reservado para a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), que já garante um dinheiro mensal para gastos de deputados com passagem aérea, hospedagem, combustível, aluguel de escritório, contratação de consultoria e de serviços de segurança, entre outros.
Em 2019, 217 deputados e 62 servidores viajaram para missões oficiais no Brasil e para 106 cidades de 61 países do mundo.
Em nota, a Câmara dos Deputados diz que o mais correto é comparar as despesas de 2019 com as de 2015, os primeiros anos das 55ª e 56ª legislaturas, porque “o ano de 2018, fim de legislatura e ano eleitoral, se caracteriza por uma redução no volume de viagens oficiais autorizadas, especialmente nas internacionais”.
No entanto, ainda assim houve aumento de 17,7% na comparação de 2019 com 2015.
Segundo a Casa, “o aumento do dólar também colaborou para o aumento dos valores gastos com viagens oficiais, em especial as internacionais”.