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A plataforma de mídia social Gab.ai é a alternativa de liberdade de expressão para o Facebook e o Twitter.
Lançado em 2016, o Gab aparece na sequência de censura controversa por outras plataformas. Por exemplo, o Gizmodo revelou em maio que o Facebook rotineiramente suprimia publicacações conservadoras. Ambas as redes também baniram conservadores e libertários.
Neste contexto, o Gab visa corrigir a séria de censura dos microblogs. A primeira página do site apresenta uma citação de Salman Rushdie afirmando “O que é liberdade de expressão? Sem a liberdade de ofender, deixa de existir.
Em relação às regras da plataforma, o CEO Andrew Torba explica:
“Acreditamos que a única forma válida de censura é a autocensura, a liberdade de um indivíduo optar por não participar. O Gab permite que os usuários autocensurem e removam seguidores, palavras, frases e tópicos indesejados que não desejam ver em seus feeds para ajudar a impedir e impedir o assédio de diferentes formas. No entanto, tomamos medidas para proteger a nós mesmos e nossos usuários contra atividades ilegais. Nossas regras são muito simples: nenhuma pornografia ilegal, uma política de tolerância zero para promover o terrorismo ou a violência, e os usuários não podem postar informações confidenciais de terceiros sem o seu consentimento. Esperamos que essas diretrizes desenvolvam horas extras e discutiremos e obteremos feedback sobre essas mudanças com a comunidade à medida que formos escalando”.
A navegação de Gab é muito parecida com a do Twitter. Os usuários podem seguir um ao outro e ver suas postagens em um único feed da sua página inicial.
Também como no Twitter, Gab apresenta um sistema de marca selo verificado utilizando para fins de identificação.
Com um escopo de regras tão limitado e um design amigável, a rede parece promissora. Nos últimos quatro dias, mais de 500 mil pessoas se inscreveram, incluindo os excluídos do Twitter Allan dos Santos e Olavo de Carvalho.
Andrew Torba
Fundador e atual CEO do Gab, Torba citou “o grande monopólio social da esquerda” como parte de sua inspiração para fundar o Gab, que foi criado “após ler notícias que os funcionários do Facebook tem censurado artigos conservadores”.
O empresário disse em novembro de 2016 que os usuários do site tem expandido significativamente após as controvérsias envolvendo a censura promovida pelas principais redes sociais, incluindo a lista de pessoas suspensas ou banidas permanentemente do Twitter de várias contas de proeminentes da denominada ‘extrema-direita’.
Proibição das lojas virtuais
Ao ser questionado sobre a ausência em lojas populares como Apple Storie e Play Stores, o CEO do Gab afirmou:
“Amigos do Brasil: tanto a Apple quanto o Google nos baniram de suas lojas de aplicativos. Aqui está como obter nossos App.androids app aqui: app Android mais recente
iOS: abra no Safari> clique em Compartilhar> Clique em adicionar à tela inicial”.
Crescimento de usuários
Segundo Torba, nas últimas 2/3 semanas o Gab teve mais de 500 mil novos usuários brasileiros, quenianos e americanos de todos as cidades aderindo ao serviço.
“Mas a grande mídia dizia que Gab era para a ‘supremacia branca’; como sempre, eles mentiram”, enfatizou.
Fenômeno no Brasil
Após à censura explícita em diversas redes sociais como Twitter, Facebook e YouTube, diversos nomes influentes criaram suas contas no GAB e estão divulgando para seu público.
Allan dos Santos, um dos jornalistas mais respeitados do Brasil, publicou em sua conta oficial:
“Já que fui expulso do Twitter duas vezes, só ficarei aqui no GAB mesmo.”
Fernando Holliday, um dos líderes do MBL, também aderiu à rede:
“Pessoal, fiz um GAB. Quem quiser me segue por lá”.
Advogado e fundador do Movimento Brasil Conservador, Maurício Costa, publicou em tom de alerta.
“Atenção: criem suas contas no Gab, assim como eu, mas não se esqueçam que temos a missão de continuar aqui no Twitter e também no Foicebook, principalmente no período eleitoral, devemos encarar como um dever, Bolsonaro conta conosco”, afirmou.
GAB para todos
Andrew Torba nega que o Gab é “projetado especificamente para conservadores” e tem dito que “todos são bem-vindos e sempre serão”.
“Nós queremos que todos se sintam protegidos no Gab, mas nós não iremos policiar o que é e o que não é discurso de ódio”, declarou.
Numa resposta aos críticos, em março de 2017, Gab anunciou os seus planos para tornar o site mais diversificado, ao remover o botão “downvote”. Para Torba, aquele recurso tinha também sido utilizado de forma abusiva pelos “justiceiros sociais”.