A deputada Bia Kicis (PSL-DF) foi eleita nesta quarta-feira (10) presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
A CCJ é tida como a principal comissão da Câmara. Projetos de lei, propostas de emenda à Constituição e demais proposições precisam do aval da CCJ antes de avançarem na Casa.
Ela, que recebeu 41 votos, foi alvo de críticas dos partidos da oposição, a exemplo do PSOL. Diversos parlamentares da esquerda não esconderam a reprovação.
“O PSOL não faz parte do acordo. Não temos como dar acordo para uma extremista que ataca as medidas para salvar a vida da nossa população”, frisou a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defenderam o nome de Kicis à presidência do colegiado. Um deles foi o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que garantiu que a parlamentar deixará “um pouco da atuação no plenário e passará a cumprir papel institucional”. Ainda segundo ele, a comissão concedeu um voto de confiança.
“Se em algum momento houve excessos, tensionamentos, falas mais duras, acho que isso ficou para trás”, reforçou.
Ao discursar, Bia agradeceu e disse que foi alvo de “maledicências, narrativas injuriosas e falsas acusações” desde a divulgação de que assumiria a CCJ.
“Deixei claro que se honrada fosse com a confiança dos meus pares, eu seria, como de fato serei, uma presidente da CCJ serena, democrática e firme, a fim de zelar pela transparência e pela proporcionalidade garantidas pelo nosso regimento, a fim de garantir o equilíbrio dos nossos trabalhos”, declarou.
Antes de ingressar na carreira política, Bia Kicis foi procuradora de Justiça no Distrito Federal durante de 24 anos. Ela acredita que a experiência dentro e fora do Legislativo ajudará na coordenação dos trabalhos enquanto for presidente.