O ex-governador fluminense Sérgio Cabral será transferido mais uma vez. Após sete meses encarcerado no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar (BEP), o político deve retornar para o complexo de Bangu.
No domingo (1º), o programa Fantástico, da TV Globo, revelou suspeitas de que ele usufrui de uma série de regalias no cárcere, como acesso a banquetes contratados de restaurantes de fora do presídio, cigarros eletrônicos, maconha, anabolizantes, biscoitos de luxo e itens importados.
A cela do ex-mandatário teria o teto revestido por placas de isopor que controlam a temperatura dentro do ambiente. Há ainda a suspeita de que telefones celulares e uma quantidade de dinheiro vivo que foram apreendidos em outras áreas da unidade prisional seriam para o uso dele.
Condenado a mais de 400 anos com a soma das penas de mais de 20 processos criminais da Operação Lava Lato, Sérgio Cabral já tinha sido transferido depois de ser flagrado com itens como camarão, bacalhau e bolinho de queijo na antiga cela dele no presídio de Benfica.
A defesa, no entanto, garante que não foi encontrada nenhuma irregularidade e que desconhece os objetos apreendidos nas áreas comuns da penitenciária e fora da galeria onde ele se encontra detido.
A advogada Patrícia Proetti disse que a reportagem da TV Globo “retrata uma perseguição infundada, uma vez que nada foi encontrado na cela dele que, inclusive, não responde a nenhum PAD [Procedimento Administrativo Disciplinar]”. Ela garante que “a defesa irá reagir de forma enérgica para impedir mais esta barbárie”.