Imagem: Divulgação | Agência Câmara
O Facebook removeu nesta sexta-feira, 20, o perfil do jornalista e deputado federal Paulo Martins que, segundo comunicado da rede, “violava as políticas de autenticidade” da plataforma.
“Nós determinamos que você não está qualificado para usar o Facebook. Esta decisão é final. Infelizmente, por motivo de segurança, não podemos fornecer informações adicionais sobre o motivo da desativação desta conta”, diz à nota da rede social.
Pelo Twitter, Paulo Martins se posicionou, dizendo que “sem qualquer justificativa” o seu perfil foi retirado do ar.
Ele ainda diz que o “Facebook precisa ser passado a limpo, definitivamente”.
A equipe do Conexão Política tentou entrar em contato com o Facebook, mas até o fechamento desta matéria, a rede ainda não tinha se posicionado sobre o caso.
Facebook e a censura
Em abril, o CEO e fundador do facebook Mark Zuckerberg, foi ao senado americano responder sobre práticas ilícitas de sua empresa. Ele teve de responder a perguntas sobre diversos assuntos, incluindo se sua plataforma atua violando a privacidade de usuários e censura aos conservadores.
Zuckerberg admitiu o erro da empresa e pediu desculpas. O milionário também foi confrontado pelo senador conservador Ted Cruz, no qual citou vários exemplos de páginas conservadoras que foram banidas sem motivo.
“Muitos norte-americanos estão, acredito eu, preocupados se o Facebook e outras empresas de tecnologia estão criando um padrão consistente de censura e viés”, afirmou Cruz.
Segundo o senador, inúmeras páginas de viés conservador foram censuradas nos últimos anos e questionou se os discursos de ódio que Zuckerberg garantiu combater incluiriam páginas promovidas por grupos anti-aborto, por exemplo.
O bilionário defendeu-se e reconheceu que a empresa tem funcionários de “tendência para a esquerda”.
“Eu entendo que essa preocupação vem do fato do Facebook e a indústria de tecnologia estarem no Vale do Silício, onde há muita tendência para a esquerda. É uma preocupação que eu tenho, me certificar que não temos nenhum viés no nosso trabalho. Queremos fazer uma plataforma para todas as ideias”, finalizou Zuckerberg.