O ex-secretário estadual de Saúde do governo Witzel, Edmar Santos, deixou a prisão na noite desta última quinta-feira (6).
Ele estava preso desde o dia 10 de julho.
A decisão para a soltura de Edmar foi dada pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Conforme noticiado pelo Conexão Política, o pedido de liberdade foi justificado pela participação do governador Wilson Witzel (PSC) no mesmo esquema de Edmar.
Na visão da subprocuradora-geral da República Lindôra Maria, como Witzel possui foro privilegiado e os mesmos crimes já estão sendo investigados pelo STJ, não caberia à Justiça Estadual do Rio a decisão sobre a prisão do ex-secretário.
“Como se vê, é exatamente o mesmo grupo criminoso que está sob investigação. A diferença é que, limitado pelo foro constitucionalmente deferido aos governadores, o Ministério Público do Rio de Janeiro não quebrou os sigilos, não realizou busca e apreensão e não teve acesso a elementos de prova que claramente colocam Wilson José Witzel no vértice da pirâmide, atraindo, sem nenhuma dúvida, a competência do STJ”, escreveu.
A representante da PGR ainda reforçou no parecer a hipótese de Witzel comandar o esquema criminoso.
Ela citou também o ex-subsecretário de Saúde do Rio, Gabriell Neves, preso em ainda no início de maio por suspeita de envolvimento no esquema.
“Essa Orcrim (organização criminosa), integrada por Edmar Santos, Gabriell Neves, e que possivelmente tem, na cúpula, o governador Wilson Witzel, é o mesmo grupo criminoso investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro)”, finalizou.