De acordo com várias autoridades da Casa Branca, a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, tentou incluir o aborto no plano de financiamento federal de estímulo econômico ao coronavírus.
Em uma matéria exclusiva, o The Daily Caller relatou que várias autoridades alegam que, enquanto Pelosi estava negociando o pacote de estímulo com o secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin, ela tentou pressionar por “várias” disposições que impediam as garantias bipartidárias à medida.
As autoridades disseram na quinta-feira (12) que a presidente da Câmara tentou incluir uma diretiva que criaria um “fundo de caixa” de US $ 1 bilhão.
“Um novo fluxo de financiamento obrigatório que não possua proteções da Emenda Hyde seria sem precedentes”, disse um funcionário da Casa Branca ao The Daily Caller. “Sob o disfarce de proteger as pessoas, a Presidente Pelosi está trabalhando para garantir que os dólares dos contribuintes sejam gastos para cobrir o aborto – o que contraria as normas históricas.”
A Emenda Hyde bloqueia todo o financiamento do governo americano de apoiar abortos, exceto em casos de estupro, incesto ou salvar a vida da mãe. O Congresso aprovou a emenda em 1976.
Outro funcionário da Casa Branca questionou “o que a Emenda Hyde e o aborto têm a ver com a proteção dos americanos contra o coronavírus?” de acordo com o The Daily Caller.
Recursos liberados
No final da sexta-feira (13), Nancy Pelosi finalmente anunciou um acordo com o governo Trump para o pacote de ajuda do Congresso que visa alívio direto aos americanos – testes gratuitos, duas semanas de auxílio-doença, aumento dos benefícios para desempregados e programas alimentares reforçados.
O presidente americano Donald Trump aprovou a medida de estímulo oferecida pelo Congresso, mas rejeitou a “proposta” de Pelosi quanto ao financiamento de abortos.
“Não! Há coisas que não tem nada a ver com o que estamos falando. Não há meios deles conseguirem obter conosco alguns dos ‘presentes’ que eles [esquerdistas] conseguiram nos últimos 25 anos”, disse Trump.
O pacote de ajuda do Congresso se baseia em uma medida emergencial de US $ 8,3 bilhões aprovada na semana passada.
A concessão de auxílio-doença é um elemento crucial dos esforços federais para impedir a rápida disseminação da infecção. Autoridades alertam que o sistema de saúde do país pode rapidamente ficar sobrecarregado com pacientes gravemente doentes, como aconteceu repentinamente na Itália, um dos países mais atingidos pelo vírus.
Emergência Nacional e mais recursos disponíveis
O presidente Donald Trump declarou na sexta-feira (13) a pandemia de coronavírus como uma emergência nacional, a fim de liberar mais dinheiro e recursos.
Falando no Rose Garden, Trump disse: “Estou oficialmente declarando uma emergência nacional”, liberando até US $ 50 bilhões para que os governos estaduais e locais respondam ao surto.
Trump também anunciou uma série de ações executivas, incluindo uma nova parceria público-privada para expandir os recursos para testes de coronavírus e agilizá-los com a disponibilidade de locais ‘drive-through’ para a realização dos testes.
Além disso, Trump tomou várias outras ações para reforçar os mercados de energia, aliviar os encargos financeiros para os americanos com empréstimos estudantis e dar aos profissionais médicos “flexibilidade” adicional no tratamento de pacientes durante a crise de saúde pública.
“Através de uma ação muito coletiva, sacrifício compartilhado e determinação nacional, superaremos a ameaça do vírus”, disse Trump.