A histórica cerimônia de assinatura dos acordos de paz entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein ocorre na tarde desta terça-feira (15) na Casa Branca e foi supervisionada pelo presidente americano Donald Trump, enquanto Netanyahu teve a companhia do ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan, e do Ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Dr. Abdullatif bin Rashid Al-Zayan.
Chamado de “Acordo de Abraão”, as assinaturas formalizarão a normalização das relações diplomáticas entre Israel e as duas nações do Golfo. O assessor sênior da Casa Branca, Jared Kushner, que também é genro do presidente, classificou os acordos na última segunda-feira (14) como “uma grande conquista para os países envolvidos e levaram a um tremendo senso de esperança e otimismo na região”.
Durante encontro com os representantes das três nações antes da cerimônia , Trump sinalizou com convicção que mais cinco ou seis países devem se juntar ao acordo de normalização das relações com Israel. Durante a cerimônia, o mandatário voltou a repetir a expectativa de que outras nações se juntarão no esforço de paz.
“Haverá cerca de cinco países diferentes” com os quais Israel terá paz “no futuro próximo”, disse o presidente, acrescentando que o estado judeu fez a paz com dois países árabes em 72 anos e mais dois em dois meses.
Como resultado do acordo com Israel, os Emirados Árabes Unidos vão ter condições de comprar armas de alta tecnologia dos Estados Unidos, incluindo drones Reaper, jatos EA-18G Growler e aviões de combate F-35.
Para os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, os acordos também abrem a possibilidade de compra de alta tecnologia israelense, incluindo tecnologia militar, como o sistema de defesa antimísseis Iron Dome, bem como cooperação em economia, saúde, turismo e em outras áreas.
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Irã
O presidente Donald Trump também sinalizou que um acordo com o Irã não está descartado e que tão logo passem as eleições americanas, um acordo com os iranianos seria possível.
Apesar da disposição de Trump, um plano para o assassinato da embaixadora americana na África do Sul pelo regime iraniano foi descoberto pela inteligência dos EUA. O assassinato seria em retaliação ao assassinato de Qasem Soleimani em um ataque aéreo dos EUA em janeiro de 2020.
Trump respondeu à descoberta com a promessa de que uma retaliação seria respondida com uma ação “1000 vezes maior em magnitude” contra o Irã.
Palestina
Os líderes palestinos reagiram furiosamente aos acordos, que foram feitos antes que uma solução pudesse ser encontrada em sua disputa direta com Israel. Mas Trump, que presidiu a cerimônia de assinatura, e cujo governo intermediou os acordos entre as partes, prevê que os palestinos acabarão por se unir à normalização das relações com Israel.
Trump disse: “Nós entramos por uma porta inteligente e os palestinos serão absolutamente um membro na hora certa” e, referindo-se a Netanyahu pelo apelido, acrescentou que “Até Bibi se cansou de guerra.” Sobre as perspectivas de anexação de terras por Israel na Cisjordânia, Trump disse: “Não estamos falando sobre isso agora.”
Trump também acrescentou que “estamos conversando com os palestinos, eles vão aderir também”.