A história se repete na Polônia. Vários estudantes israelenses foram seriamente espancados no domingo (8), na capital polonesa de Varsóvia. O jornal The Times of Israel relatou que o grupo foi atacado por “homens de língua árabe”. Os estudantes ficaram feridos e um deles perdeu a consciência.
Barak Kashpizky, irmão de uma das vítimas, postou no Facebook, várias fotos de seu irmão gêmeo, Yotam, ensanguentado. As fotos foram tiradas logo após o ataque. Kashpizky disse que Yotam havia ido a um clube em Varsóvia, com vários outros estudantes israelenses que frequentavam um semestre de verão no exterior, na faculdade de Direito da capital polonesa.
Às 4 da manhã, os israelenses foram abordados por um grupo de “falantes do árabe”, que perguntou se eles eram de Israel.
“Quando eles responderam afirmativamente, foram atacados incansavelmente, com socos, acompanhados de gritos de ‘f*** Israel’ ‘”, escreveu Barak Kashpizky.
Além de Yotam, que ficou inconsciente e teve um nariz quebrado pelo espancamento, outro israelense foi hospitalizado. Ambos já receberam alta hospitalar.
Yotam disse à imprensa, que havia cerca de 4 atacantes que disseram ser do Catar, e também gritaram “Gaza livre”, enquanto o espancaram.
“Havia muitas pessoas e seguranças do clube testemunhando, mas ninguém fez nada. A história se repete na Polônia. As pessoas observam como homens “que não vêm de seu país”, batem em judeus, até que fiquem inconscientes”, escreveu Yotam no Facebook, no domingo (8).
Assistência consular
O irmão da vítima criticou a Embaixada de Israel na Polônia, bem como o Ministério das Relações Exteriores, por não prestarem assistência, depois que foram notificados do ataque. O Ministério das Relações Exteriores disse aos estudantes que eles deveriam “contatar a polícia polonesa para lidar com a situação”.
Posteriormente, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma declaração, defendendo sua conduta, dizendo que o cônsul israelense em Varsóvia está em contato frequente com as duas vítimas hospitalizadas e “se colocou à sua disposição, tanto quanto necessário”.
“Além disso, o cônsul recomendou que registrassem uma queixa na delegacia local. O Ministério das Relações Exteriores continua a acompanhar a situação e será tomada uma decisão sobre novas medidas, junto às autoridades locais”, acrescentou o Ministério.
Antissemitismo na Europa
De acordo com um estudo da União Europeia publicado em julho deste ano, jovens judeus europeus estão experimentando mais antissemitismo do que seus pais enfrentaram.
Cerca de 44% dos entrevistados no estudo entre 16 e 34 anos de idade sofreram algum tipo de assédio, mais que o dobro da proporção para os que têm mais de 60 anos, de acordo com o levantamento feito pela Agência da UE para Direitos Fundamentais.
Cerca de 70% de judeus de todas as idades disseram ter enfrentado algum tipo de hostilidade em público. E a maioria dos entrevistados disseram que muçulmanos radicais estiveram envolvidos nos abusos.