A RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, teria pago propina para conseguir o perdão de uma multa de R$ 500 milhões com a Receita Federal.
A acusação é do ex-ministro Antonio Palocci.
Em delação, o ex-ministro da Casa Civil confessou ter atuado para que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) favorecesse a empresa.
A informação foi obtida com exclusividade pelo R7/RecordTV.
“Em delação premiada, o ex-ministro de governos petistas Antonio Palocci afirmou que atuou para que o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) beneficiasse a RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Segundo Palocci, teriam sido pagas propinas a conselheiros do CARF para cancelar uma multa da RBS de R$ 500 milhões com a Receita Federal. A multa foi aplicada porque a Receita considerou que uma fusão da RBS com a Telefônica, em 1999, tinha apenas a intenção de sonegar impostos”, diz a matéria do R7.
Fundação R. Marinho acusada de receber R$ 214 milhões sem licitação
O prefeito Marcelo Crivella (PRB) denunciou, no dia 25 do mês passado, que a gestão anterior do município fez contratos de consultoria sem licitação com a Fundação Roberto Marinho.
Segundo ele, o contrato com a empresa foi de R$ 214 milhões.
“A fundação recebeu R$ 214 milhões para fazer consultoria, uma delas em obras de arquitetura e de engenharia que não me consta que tenham notório saber para ficarem livres de um processo de licitação. Isso sim precisa ser investigado”, disse o prefeito.
O outro lado
Grupo Globo afirmou em nota, enviada à redação do R7, que “os contratos assinados pela Fundação Roberto Marinho com o município do Rio de Janeiro estão em perfeita conformidade com a legislação aplicável, em especial a Lei 8.666/1993”.
De acordo com a nota, os contratos “passaram por todos os estágios de aprovação necessários e foram executados dentro dos princípios da transparência, moralidade, legalidade e eficiência”.
“Todas as ações da Fundação Roberto Marinho podem ser acompanhadas por qualquer cidadão pelo site http://frm.org.br/acoes/”, afirm
O texto destaca ainda que “a Fundação Roberto Marinho é permanentemente fiscalizada pelo Ministério Público, sendo uma instituição sem fins lucrativos, que há quase meio século dedica sua expertise única no país exclusivamente a projetos de interesse público, inclusive na área museológica”.
“Foi responsável pela criação e implementação de alguns dos museus mais visitados do Brasil, entre eles o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio”, diz o Grupo Globo.