Rodrigo Barbosa Ribeiro, 29 anos, nasceu em Diadema-SP, morou em São Bernardo do Campo até os seis anos de idade, e em 1997, mudou-se para Araraquara com seus pais e mais quatro irmãos. Ele vem de uma família humilde e cristã. Seu pai é servente e sua mãe é autônoma.
“Cresci no bairro Adalberto Roxo I num período em que asfalto era sinônimo de luxo nos bairros. Venho de um berço cristão. Recebi ensinamentos de minha avó Georgina e de minha tia Fabiane, que até hoje carrego comigo: temor a Deus, respeito ao próximo, trabalho honesto e integridade”, diz Rodrigo ao Conexão Política.
A infância de Rodrigo foi difícil, pois teve que trabalhar desde os oito anos de idade para ajudar nas despesas da casa. No entanto, como ele aprendeu desde cedo que tudo na vida tem um propósito, também reconheceu que essas dificuldades do passado o moldaram no homem em que se tornou hoje.
“Sempre gostei de estudar. Era difícil faltar às aulas. Sempre fui querido pelos professores e elogiado pela minha inteligência e disciplina em sala de aula”, conta Rodrigo.
Na adolescência, Rodrigo trabalhou como servente de pedreiro, ajudante de marceneiro e de jardinagem até que, em 2005, ele pôde realizar seu sonho de ingressar no SENAI, no curso gratuito de Mecânica de Usinagem.
“Essa experiência me proporcionou o primeiro registro em carteira na Usina Zanin, onde por dois anos pude desenvolver habilidades que depois seriam úteis para o que Deus estava reservando para mim”, compartilha o jovem.
Devido às dificuldades financeiras, Rodrigo teve que optar por trabalhar no comércio e interromper seu tão desejado sonho de ingressar em uma universidade. Ele começou a trabalhar de vendedor de calçados, onde teve um amigo, professor e gerente que lhe ensinou a arte de atender ao público e servir da melhor forma seus clientes.
“Essa experiência me rendeu destaque nessa área e abriu portas para eu trabalhar em outras lojas do mesmo ramo e do setor de móveis e eletrodomésticos”, diz Rodrigo.
Finalmente, em 2012, Rodrigo ingressou no curso de Bacharelado em Propaganda e Marketing. No primeiro ano de curso, ele teve um projeto gráfico apresentado entre os melhores no Fest’in da APP de Ribeirão Preto. Essa conquista se repetiu por mais dois anos consecutivos. Em 2013, Rodrigo foi contratado para trabalhar na área de Relações Corporativas da HEINEKEN Brasil, onde por dois anos realizou seu estágio com ações de grande importância para a unidade de Araraquara.
Em 2015, ele se formou e, dada a crise econômica, sentiu pela primeira vez a dificuldade em conseguir um emprego.
“Decidi ir atrás de informação e descobri que durante todo aquele tempo eu era um idiota útil que a esquerda utilizava para propagar suas ideologias vitimistas e segregacionistas, uma vez que eu era pobre, pardo e tinha condições precárias, comparadas às de pessoas que frequentavam os mesmos ambientes que eu. Conforme eu estudava, meu horizonte de consciência se expandia e eu entendia que precisava fazer algo para alertar aqueles que, assim como eu, tiveram sua infância e adolescência deturpadas por ideologias nefastas que corrompem valores e virtudes que eu havia aprendido na igreja, mas que não via sendo postos em prática na sociedade”, diz Rodrigo.
A grande influência protestante reformada em sua formação lhe fez enxergar o mundo e tudo o que lhe cercava de uma forma mais realista.
“Essa compreensão me fez querer ir além. Criei um blog no Facebook e, por meio dele, passei a denunciar não só os descalabros do PT, mas tudo que havia por trás do projeto totalitário do partido, principalmente o marxismo cultural”, conta Rodrigo.
Em 2017, indignado com as exposições do Queermuseu e do MAM, Rodrigo foi à frente da Câmara Municipal de Araraquara com mais 20 amigos para protestar contra a ideologia de “gênero” (sexo) que estava avançando no Brasil. Por meio da repercussão desse ato, o conservador Edson Salomão o convidou para compor o antigo “Direita São Paulo” (atual Movimento Conservador) e coordenar as atividades em Araraquara. Desde então, Rodrigo tornou-se um ativista ferrenho da causa da direita e do conservadorismo na cidade.
“Participei de um debate no programa do Magdalena [programa de rádio regional com transmissão ao vivo pelo Facebook] para denunciar a ideologia de ‘gênero’ nas salas de aula, fui alvo de processo da Prefeitura de Araraquara por denunciar o segregacionismo do ativismo dos movimentos negros”, diz Rodrigo.
Araraquara
Com cerca de 236 mil habitantes e 177 mil eleitores aptos para votar, a cidade de Araraquara, localizada na Região Central do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes Microrregiões, composta por outros 14 municípios. A cidade do interior paulista possui um PIB de R$ 8.932.928,12 e sua renda per capita é de R$ 39.039,34 (IBGE 2017) e um IDH de 0,815 (IBGE 2010). Ela possui grandes empresas nacionais instaladas como: Cutrale, Lupo e Nigro, além de multinacionais como: HEINEKEN Brasil, Sachs, Nestlé, Big Dutchman, dentre outras.
Araraquara já foi considerada a segunda cidade mais arborizada da América Latina. Possuía o apelido de “um pedacinho da Europa no Brasil”. Era famosa pela limpeza e arborização. Suas vias principais eram cercadas de grandes casas de muros baixos, dada a segurança que havia.
Atualmente, após 20 anos de políticas ‘progressistas’, o cenário mudou, aifrma Rodrigo. Ele conta que com o relativismo moral, as leis deixaram de punir criminosos e passou a ameaçar a segurança dos moradores.
“O cidadãos têm sido tomados pelo medo em detrimento da perda do direito à propriedade privada. A beleza urbana que havia há duas décadas em Araraquara foi trocada pelos altos muros em condomínios fechados e espalhados em regiões periféricas inacessíveis ao cidadão comum”, diz Rodrigo.
Segundo Rodrigo, com o marxismo velado nas políticas assistencialistas do prefeito Edinho Silva (PT-SP), o araraquarense perdeu sua identidade e tradição e se tornou um mero burguês capitalista culpado pelas mazelas da sociedade, de acordo com a doutrinação feita pelo jornalismo da cidade e doutrinação nas salas de aula.
Desde 2000, com o apoio do ex-Presidente Lula, a cidade recebeu muitos recursos públicos que criaram uma bolha que só anos depois seria estourada no colo da Dilma e do ex-prefeito Marcelo Barbieri (MDB). Enquanto isso não ocorria, a população se encantava em ver bairros sendo asfaltados, conjuntos habitacionais populares, postos de saúde, hospital, escolas e creches sendo construídos, programas como Orçamento Participativo entregando demandas da população. E por mais que escândalos como o mensalão tivessem sido estourados nessa época, no imaginário popular havia a impressão de que por mais que houvesse corrupção, “finalmente existia um governo que se preocupava com os pobres”.
“Essa mentalidade serviu para reeleger Edinho Silva em 2016, mesmo diante do envolvimento do seu nome em supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro, enquanto tesoureiro de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, e enquanto Ministro das Comunicações em 2016, ano em que saiu por conta do Impeachment”, conta Rodrigo.
O conservadorismo em Araraquara
Rodrigo Ribeiro conta que o movimento conservador em Araraquara começou em 10 de outubro de 2017, quando conservadores se uniram para a passeata da Marcha Pela Vida.
Em dezembro de 2017, Rodrigo organizou a primeira carreata em apoio a Jair Bolsonaro, que reuniu cerca de 90 veículos que percorreram os seis pontos onde haviam sido instalados os outdoors em apoio ao Presidente.
Em 2018, Rodrigo conta que apoiou a greve dos caminhoneiros, denunciou o uso da máquina pública para realização de baile funk com exposição de menores, denunciou a hipocrisia dos vereadores que votaram pelo aumento do IPTU em Araraquara, organizou manifestações em Apoio a Bolsonaro e contra o STF e ajudou a eleger o Deputado Estadual Douglas Garcia em Araraquara, onde obteve mais de 600 votos.
Em 2019, ele aceitou a missão de compor o gabinete do parlamentar Douglas Garcia.
“Com ele [Douglas] tenho aprendido muito sobre guerra cultural, Administração Pública e atendido demandas da população. Dentre elas, está o repasse de R$ 100 mil reais que a UDEFA (União dos Deficientes Físicos de Araraquara) recebeu para a construção de uma piscina aquecida para as atividades fisioterápicas dos pacientes”, diz Rodrigo.
Neste ano, Rodrigo foi convidado para disputar as eleições municipais e agora é pré-candidato a Prefeito de Araraquara pelo PRTB. Jovem, solteiro e com pouca experiência, ele se preocupa em estar cercado de pessoas boas, honestas e que veem em nele a esperança de fazer uma política diferente: sem conchavos, sem “toma-lá-dá-cá”, sem fisiologismo, mas sim, com a verdade e o compromisso de resgatar nos brasileiros o espírito patriota, cristão e conservador, que nas décadas passadas havia sido o freio e contrapeso para que tantas desgraças não ocorressem no nosso Brasil.
“Quem já me conhece, viu de perto minhas batalhas e conquistas. De uma coisa eu tenho certeza: nada é por acaso e quando fazemos algo com fé e amor pela verdade, sem negociar essas duas coisas em momento algum, o impossível acontece. É por isso que estou na luta neste ano. Que Araraquara possa viver uma verdadeira mudança. Desejo que neste ano haja um fenômeno capaz de tocar o coração de cada araraquarense para uni-los num propósito de mudar nossa cidade”, diz Rodrigo Ribeiro.
Conservadorismo no interior de São Paulo
Como Coordenador Regional do Movimento Conservador – presidido por Edson Salomão e o Dep. Estadual Douglas Garcia (PTB-SP) – Rodrigo Ribeiro tem trabalhado no fortalecimento do conservadorismo não apenas de Araraquara, mas também do Interior de São Paulo.
“Venho buscando e orientando conservadores que possuem um perfil de liderança e que atuam nos seus municípios para formar a mentalidade de jovens e adultos, a fim de torná-los influentes na sociedade, dentro ou fora da política. Hoje, cuido dos núcleos de Nova Europa, São Carlos, Rio Claro e Itirapina. Desenvolvemos atividades como: encontro de estudos, fiscalização do Executivo e Legislativo, manifestações de rua e geração de conteúdo nas redes sociais. Nosso grupo pretende se estruturar ainda mais para, em 2024, lanças um número maior de vereadores e quem sabe, candidatos às Prefeituras Municipais”, conta Rodrigo.
Para que o movimento conservador se fortaleça mais e crie uma estrutura sólida, Rodrigo acredita que ainda é necessário uma conscientização de que deve haver um espírito voluntário entre os conservadores, de forma que eles não se conformem com a mera reação nas redes sociais, mas que se envolvam nas ações que acontecem na cidade. Ele afirma que também há uma necessidade de formação de lideranças intelectuais. Lideranças desprovidas de vaidade e comprometidas com a causa, que é restaurar o Brasil.
Além disso, o jovem pré-candidato a Prefeito de Araraquara diz que seria muito importante para o movimento conservador o apoio de empresários que não podem atuar na linha de frente da guerra cultural, mas que conhecem líderes que estão pagando o preço para defender a liberdade dos brasileiros.
“Os conservadores sabem qual é o erro da direita, mas não fazem algo para corrigi-lo. Sabem que nosso problema é que somos desorganizados e unidos, mas não se aliam em prol de um interesse comum. Com essa fragmentação – imatura, dado o movimento conservador ser recente – a esquerda sai na frente. Afinal, ela conseguiu em 30 anos montar uma estrutura que entrelaça órgãos de todos os tipos que atuam principalmente na Educação, na Mídia e no Judiciário”, explica Rodrigo.
Futuro do Brasil
Questionado sobre sua visão sobre o futuro do Brasil, Rodrigo diz que o vê com muito otimismo e esperança.
“Levando em consideração a onda de protestos de julho de 2013 e a eleição de Bolsonaro em 2018, é notório que o brasileiro acordou rápido do seu sono profundo. Antes, sequer sabíamos o nome dos Ministros do STF. Hoje, sabemos quem ocupa os gabinetes dos parlamentares (risos). O brasileiro é conservador por natureza. A única coisa que nos resta é estourar a bolha daqueles que ainda estão enredados nas narrativas progressistas promovidas nos noticiários televisivos e nos programas de entretenimento”, diz Rodrigo.
A respeito de sua região, Rodrigo acredita que há esperança para Araraquara e o Interior de São Paulo. Segundo o jovem conservador, a mudança não está na mera troca do prefeito. Após décadas de aparelhamento, o PT conseguiu infiltrar militantes em bancos, sindicatos, escolas, fóruns e diversos outros órgãos públicos.
“Sendo assim, não basta acreditar que apenas escolher um candidato “anti-PT”solucionará o problema. A mudança começa através de nós. Da nossa relação com Deus, com a nossa família, com os vizinhos, colegas de trabalho e assim por diante. Quando cada cidadão entender que uma sociedade é formada por indivíduos dotados de direitos (não privilégios) e deveres, haverá mudança na política, de forma orgânica”, afirma Rodrigo.