O Emirates Group planeja cortar cerca de 30.000 empregos para reduzir custos em meio a epidemia de coronavírus chinês, o que reduzirá seu número de funcionários em cerca de 30%, informou a Bloomberg no domingo (17). A empresa também está considerando acelerar a aposentadoria planejada de sua frota A380.
A Emirates Airline, maior operadora global do supergigante Airbus A380, com 116 unidades do modelo em sua frota atualmente, poderá aposentar definitivamente 46 aeronaves.
Um porta-voz da Emirates disse que ainda não foi feito nenhum anúncio público pela empresa a respeito de “despedimentos na companhia aérea”, mas que a empresa está conduzindo uma revisão de “custos e recursos em relação às projeções de negócios”.
“Qualquer decisão desse tipo será comunicada de maneira apropriada. Como qualquer empresa responsável faria, nossa equipe executiva ordenou que todos os departamentos realizassem uma revisão completa dos custos e dos recursos em relação às projeções de negócios ”, disse um porta-voz.
A empresa reportou um aumento de 21% no lucro para o ano fiscal encerrado em 31 de março, mas disse que a pandemia atingiu seu desempenho no quarto trimestre. Ela disse que iria recorrer aos bancos para aumentar a dívida em seu primeiro trimestre para diminuir o impacto do vírus chinês no fluxo de caixa.
A Emirates prevê para este ano o enorme impacto causado pela pandemia em suas finanças e, por conta disso, continuará a tomar medidas agressivas no corte aos gastos e outros passos necessários para salvaguardar seus negócios, enquanto planeja o retorno dos negócios, declarou o Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, Diretor da Companhia, ao portal The National, dos Emirados Árabes.
“A Emirates otimizará seus custos, incluindo a oferta de frota A380 existente”, afirmou ele. O executivo ainda comentou que, espera-se levar cerca 18 meses, antes que a demanda de viagens volte a ter alguma semelhança com a normalidade.
Com informações, Reuters, Bloomberg, The National e Aeroin.