Imagem: Josias Teófilo
Neste domingo (20) os principais veículos de comunicação do Brasil registraram o jantar entre o filósofo Olavo de Carvalho e o ex-estrategista do presidente americano Donald Trump, Steve Bannon, que ocorreu na última sexta-feira, 18.
Entretanto, muitas informações foram veiculadas equivocadamente, informa o jornalista Allan dos Santos.
Criador e apresentador do portal de notícias Terça Livre, Allan participou da reunião e detalhou alguns pontos para a equipe do Conexão Política.
Oração inicial
Allan dos Santos informou que Steve Bannon e Olavo de Carvalho entraram em concordância para realizar uma oração do Pai Nosso antes de qualquer assunto oficial entre os dois.
Segundo Allan, tal atitude demonstra claramente que Bannon e Carvalho colocam Deus acima de todas as coisas.
Sem cerimônias
Ao contrário do que foi noticiado pelo Estadão, o encontro não ocorreu no Departamento de Estado, mas na casa do próprio Bannon, que afirmou: “Aqui estamos todos informais.”
Sobre a pauta em questão, não foi para tratar-se de pautas políticas. Apesar de ter pontos políticos inclusos, o encontro foi orquestrado por interesse de Bannon em conhecer mais sobre Olavo e sua influência filosófica até os dias atuais.
Preocupação com atuação de Paulo Guedes?
Ainda segundo o Estadão, Bannon demonstrou claramente uma preocupação com o “cara de Chicago” [em referência a Paulo Guedes] por “atrapalhar o avanço de uma agenda nacionalista no País”.
Allan dos Santos disse que não houve em nenhum momento uma preocupação negativa sobre Paulo Guedes ou agenda nacionalista.
Inclusive, Bannon não sabia que Guedes era um ‘Chicago boy’.
O apresentador do Terça Livre enfatizou que o ex-estrategista de Trump estava muito satisfeito com o compromisso do Brasil em combater a agenda globalista, defendida pelos antigos governos brasileiros.
A sua preocupação estava direcionada a possíveis ‘relações profundas’ entre o Brasil e China – assim também como Olavo.
Este era o verdadeiro receio do americano.
O termo ‘populismo’ em questão
Ao abordar o termo populismo na matéria, o Estadão não esclareceu o real significado apresentado e explorado na conversa entre Olavo e Bannon.
Segundo Allan, o termo ‘populismo’ abordado em questão, nada mais é que um político popular na aprovação eleitoral. O que se aplica bem ao citar a candidatura de Jair Bolsonaro e toda sua equipe de governo, que vem alcançando altos índices de apoio dos brasileiros.
Allan ainda fez questão de dizer que, o termo, assim utilizado, é historicamente recorrente no vocabulário dos conservadores americanos.
Relação entre Carvalho e Guedes
Ao acenar positivamente sobre pautas comerciais e econômicas, Bannon questionou se Olavo ‘conduzia’ alguma relação de influência sobre Paulo Guedes. Olavo disse que não.
Por fim, ao definir a sua filosofia, Olavo pediu ajuda aos seus alunos, que o ajudaram a explicar que toda sua ideia consiste na “unidade do conhecimento na unidade da consciência e vice-versa”, concluíram.