Nesta quinta-feira (28), o ex-governador paulista João Doria (PSDB) afirmou que, em nome da democracia e para derrotar Jair Bolsonaro (PL), pode abrir conversas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A declaração foi proferida durante sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo e o portal UOL. Segundo o tucano, “não há razão para não manter o diálogo com Lula, com o PT, com partidos à esquerda e partidos à direita”.
“Tenho posições muito distintas em relação ao PT, mas isso não impede de manter uma relação respeitosa. Só nos regimes autoritários é que não há diálogo”, acrescentou.
Ao comentar sobre o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (UB), o ex-chefe do Palácio dos Bandeirantes disse não ser capaz de analisar se houve imparcialidade e isenção no julgamento do petista na Operação Lava Jato.
“Minha posição não mudou em relação a Sergio Moro. Mas eu não sou capaz de fazer juízo se os julgamentos que ele realizou foram corretos ou não foram corretos, cabe isso aos tribunais. Aliás, o STF já se manifestou e eu aprendi a respeitar as decisões da Justiça”, respondeu Doria.
Conforme citado pelo pré-candidato e noticiado por este jornal digital, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou no ano passado todas as condenações do petista na força-tarefa de Curitiba (PR) e determinou que os casos fossem analisados por outra vara da Justiça Federal localizada em Brasília (DF).
Ao ser questionado se houve mudança de postura em relação ao lulopetismo, já que o ex-governador sempre se colocou como crítico ferrenho das teses defendidas pelo PT, respondeu que “o Brasil está farto de guerra e de conflito”. Também garantiu que não votaria em Bolsonaro novamente e que, “neste momento, é difícil ter diálogo” com o mandatário.