Richard Ross, um americano da Pensilvânia que gastou milhares de dólares para levar sua família de férias para Orlando, na Flórida, disse que a viagem foi arruinada quando o ‘Magic Kingdom’ (Mundo Mágico) do ‘Walt Disney World’ (Disneylândia) não permitiu sua filha de 7 anos, que tem autismo, entrar no parque temático por não usar uma máscara.
De acordo com o TheBlaze, Ross descreveu a forma como a Disney tratou sua filha e sua família como “uma desgraça”.
“Ouvir alguém dizer que não há problema em discriminar sua filha deficiente, você sabe como isso é difícil?”, disse o pai em um vídeo que ele postou online.
Em 6 de agosto, a família Ross chegou em frente ao estacionamento de ônibus do parque temático da Disney, o ‘Magic Kingdom’, presumindo – como é o caso na Pensilvânia – que sua filha teria permissão para entrar sem máscara devido às isenções médicas permitidas pelo Estado da Flórida, onde o parque está localizado. No entanto, um funcionário do parque rapidamente desiludiu a família Ross dessa suposição, dizendo a eles que todos, independentemente de uma condição médica, são obrigados a usar uma cobertura facial para entrar no parque.
Ross, naquele momento, pegou seu telefone e começou a gravar sua conversa com o funcionário não-identificado, a quem ele perguntou: “A minha filha – que é autista com problemas sensoriais – pode entrar no seu parque sem máscara? Porque ela tem razões médicas pra isso.”
“Senhor, peço desculpas”, respondeu o funcionário. “Eu sei que você está frustrado. Neste momento, neste momento pedimos isso a qualquer um que entre em nosso parque.”
O pai interrompeu o funcionário, perguntando abruptamente: “Basta responder à pergunta: Você se recusa a seguir a ‘Lei dos Americanos com Deficiências’?”
O funcionário da Disney disse a Ross que eles “não estavam discutindo sobre nada disso”, mas sim discutindo se a filha autista dele teria permissão para entrar no parque temático. No final das contas, o funcionário admitiu: “Se ela entrar no parque sem máscara, nós recusaremos sua entrada de qualquer maneira”.
Ross disse ao TheBlaze que, devido ao distúrbio de processamento sensorial de sua filha, que legalmente a isenta do mandato da máscara, cobrir seu rosto “é literalmente uma tortura para ela”.
A família terminou suas férias de 8 dias sem conhecer o ‘mundo mágico da Disney’.
Essa situação do parque temático da Disney nos EUA ocorreu apenas um dia depois que uma família foi convidada a sair de uma loja da Disney em Londres, na Inglaterra, porque sua filha autista de 6 anos não estava usando a máscara corretamente.
Outra situação semelhante aconteceu na semana passada, quando uma mulher do estado americano do Texas disse que ela e sua família foram expulsas de um voo da Southwest Airlines por seu filho de 3 anos, que também é autista, não usar uma máscara. Apesar de ter um atestado médico explicando a condição do menino, a tripulação disse a Alyssa Sadler que o avião não partiria de Midland para Houston, a menos que seu filho colocasse uma cobertura facial.
A mãe disse repetidamente ao capitão e aos comissários de bordo que “não era uma opção” seu filho usar cobertura facial devido ao seu diagnóstico médico. Isso, porém, não foi suficiente e o capitão taxiou o avião de volta ao portão, de onde os Sadler foram forçados a sair.
Embora a Southwest tenha reembolsado totalmente a família, a companhia aérea mantém suas regras rígidas.
“Comunicamos esta política a todos os clientes em vários pontos de contato durante a viagem”, disse o porta-voz Dan Landson, “portanto, lamentamos qualquer inconveniente que esta família tenha experimentado. Se um cliente não puder usar uma cobertura facial por qualquer motivo, a Southwest lamenta não poder transportar o indivíduo.”
Tudo isso acontece quando o candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, defende um mandato federal exigindo que todos os americanos – por meio de imposições estaduais – usem máscaras “pelos próximos três meses, no mínimo”, incluindo quando estiverem ao ar livre.