O Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, John Ratcliffe, afirmou à CBS que houve interferência estrangeira nas eleições presidenciais realizadas em novembro. China, Rússia e Irã seriam os países que teriam tentado influenciar as eleições, segundo Ratcliffe.
A afirmação foi feita pela repórter da CBS, Catherine Herridge, citando Ratcliffe.
Herridge disse que Ratcliffe tem acesso a todas as 17 agências de inteligência dos EUA e pode obter informações altamente confidenciais. Ela acrescentou que o diretor está aguardando um relatório sobre suas conclusões sobre tal interferência eleitoral da China.
Na verdade, Ratfliffe deve apresentar um relatório obrigatório ao Congresso americano. Segundo o diretor, a maior ênfase será colocada no dragão asiático. O relatório conterá a avaliação da comunidade de inteligência dos EUA sobre as ameaças estrangeiras às eleições de 2020.
O diretor nacional de inteligência recebeu relatórios relevantes desde as eleições, disseram fontes de seu gabinete à CBS. Mas as agências ainda não concluíram suas investigações.
“A correspondente sênior da CBS News, Herridge, relata que Ratcliffe disse à CBS News que houve interferência eleitoral estrangeira pela China, Iran e Rússia em novembro deste ano [2020]”, escreveu Heshmat Alavi em 16 de dezembro.
#BREAKING
CBS News Senior Correspondent @CBS_Herridge reports that @DNI_Ratcliffe has "told CBS News that there was foreign election interference by China, #Iran, and Russia in November of this year [2020]."More to come.https://t.co/bxoWeys5FZ
— Heshmat Alavi (@HeshmatAlavi) December 16, 2020
A ameaça chinesa
Nos meses que antecederam as eleições, vários altos funcionários americanos destacaram a ameaça da China nas votações de 2020.
Somente o diretor do FBI, Chris Wray, deu preponderância à Rússia nesse sentido. Ele disse que Moscou tem sido “muito ativa” em seus ataques a Joe Biden. Wray acusou a Rússia de tentar semear “divisões e discórdia”.
Após o testemunho de Wray no Congresso, Trump o criticou, chamando a interferência eleitoral da China “uma ameaça muito maior do que a Rússia”.
Uma avaliação pré-eleitoral indicou que a China gostaria de Biden na presidência americana para facilitar suas ações no ocidente. Trump é visto pelo governo do Partido Comunista Chinês como uma ameaça aos seus planos expansionistas. O Presidente dos EUA travou uma batalha contra a esquerda mundial, principalmente a chinesa, durante todo o seu governo.
“A China tem expandido seus esforços de lobby para moldar o ambiente político nos Estados Unidos, pressionar figuras políticas que considera opostas aos interesses da China e desviar e contra-atacar as críticas à China”, disse Bill Evanina, a figura principal de inteligência de segurança eleitoral nos EUA.
O impacto da avaliação do relatório de John Ratcliffe poderia causar uma reviravolta nos resultados das eleições americanas, dando o impulso para a vitória de Trump.
A advogada Sidney Powell disse que, devido à alegada interferência estrangeira nas eleições de 3 de novembro, “é mais do que suficiente para ativar a ordem executiva de 2019 do Presidente Donald Trump sobre a interferência estrangeira nas eleições”.
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