Na sessão desta terça-feira, 9, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o desembargador Julio Jacob Junior votou pela condenação do senador Sergio Moro nas duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que solicitam a cassação de seu mandato. Esse voto alterou o placar para 3 votos favoráveis à absolvição do ex-juiz da Operação Lava Jato contra 2 votos pela cassação.
Jacob Junior alinhou-se à posição do desembargador José Rodrigo Sade, que foi o primeiro a divergir, votando pela condenação de Moro. Ambos os desembargadores foram nomeações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Tribunal.
Em sua justificativa, Jacob Junior destacou a presença de “uma série de gastos que estão muito, muito longe do acesso a qualquer um dos que possam ser chamados de candidato médio”, enfatizando que, apenas na pré-campanha ao Senado no Paraná, Moro teria excedido o limite de gastos estabelecido pela legislação eleitoral. Essa observação contribui para o debate sobre o equilíbrio e a justiça no financiamento de campanhas eleitorais, sublinhando preocupações sobre a igualdade de condições entre os candidatos.
“A realidade é que Sergio Moro teve acesso indistinto e praticamente ilimitado a recursos aptos a possibilitar a recuperação de sua imagem, imagem essa abalada junto ao eleitorado paranaense a partir de ter sido negado o domicílio eleitoral no Estado de São Paulo”, disse em seu voto.