O desembargador Siro Darlan foi afastado por 180 dias do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Luís Felipe Salomão. A medida faz parte da segunda fase da Operação Plantão, deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (9).
Darlan também foi alvo da primeira fase da Plantão em setembro de 2019, o mesmo em que soltou em menos de 24 horas os exs-governadores do Rio, Anthony e Rosinha Garotinho, após o casal ter sido preso pela operação Secretum Dumus.
A Procuradoria-Geral da República denunciou Darlan à Corte sob acusação de corrupção passiva. Ele é investigado por suspeita de ter recebido R$ 50 mil em troca de uma decisão judicial e por suspeita de envolvimento em esquema de venda de sentenças.
A Plantão apura esquema de negociação de medidas liminares que eram deferidas mediante pagamento de vantagens indevidas.
“Há fortes e robustos elementos sobre a prática de crimes de corrupção e associação criminosa/organização criminosa pelo Desembargador Siro Darlan de Oliveira, por meio de venda decisões judiciais durante os plantões presididos pelo magistrado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro”, afirmou o ministro.
A decisão também autoriza a quebra de sigilo bancário e fiscal do magistrado e o bloqueio de bens, carros e imóveis.
Cerca de 60 policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Segundo a corporação, a Plantão identificou ‘novas provas de mercancia judicial e tráfico de influência’ junto ao TJRJ.