O assunto “neutralização de gênero”, que quer colocar um fim na distinção entre masculino e feminino na Língua Portuguesa com a intenção de evitar discriminação, sexismo, voltou a ser debate no Brasil.
Após grupos de esquerda defenderem a proposta, lideranças conservadoras estão se organizando para impedir que a medida ganhe força, assim como também proibi-la.
Um dos representantes que se opõe é o deputado federal Junio Amaral (PSL-MG).
O parlamentar apresentou um projeto de lei para proibir o uso do “gênero neutro” por parte de instituições de ensino e bancas examinadoras do Brasil.
Eleito em 2018 com mais de 158 mil votos, ele tem sido um dos principais nomes em defesa das pautas conservadoras.
Policial reformado, Junio diz que a medida foi uma “resposta a tentativas isoladas de impor ao conjunto do todo nacional uma visão linguística que reconheceria no português um terceiro gênero, o neutro, ao lado dos gêneros masculino e feminino. A justificativa seria a inclusão de pessoas que não se identificam com nenhum dos dois gêneros ou, no caso do plural, para se referir a ambos de modo neutro”.
Neste ano, por meio de um comunicado, o tradicional colégio Liceu Franco-Brasileiro, de Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, informou que adotaria uma “linguagem neutra” em seu discurso institucional.
A decisão não só passou a pautar discussões na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), conforme já noticiou o Conexão Política. Agora, o assunto vai ser debatido com força pelos conservadores na Câmara Federal.