Começou na manhã desta segunda-feira (7), com atraso de duas horas, o primeiro dia do julgamento de mais cinco acusados de envolvimento no assassinato do pastor Anderson do Carmo. Ele foi executado a tiros na residência da família, no bairro de Pendotiba, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, no dia 16 de junho de 2019.
O depoimento da delegada Bárbara Lomba abriu a sessão de julgamento. Ela foi responsável pela investigação do homicídio do pastor e disse que a apuração do caso mostrou que a família não era coesa. Segundo a delegada, era comum entre os familiares relações sexuais consentidas.
Flordelis e Anderson eram conhecidos por terem acolhido diversas crianças, sendo o próprio Anderson um dos primeiros adotados pela ex-parlamentar, quando tinha 15 anos de idade.
“Havia o casamento entre Anderson e Flordelis. Para a igreja deles e sociedade era um casamento tradicional. Mas os depoimentos desmontam algo que era passado de outra forma. Não havia o amor de pai e mãe, eles conviviam e as pessoas tinham relações com elas de cunho sexual”, declarou.
A delegada também revelou que Flordelis e Anderson contavam a todos que tinham um filho biológico, identificado como Daniel dos Santos de Souza. Entretanto, a investigação conseguiu provar que a certidão de nascimento era falsificada. A mãe biológica de Daniel foi localizada e relatou que foi forçada pela família a doar a criança.
Nesta fase da ação, Flordelis será julgada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Também serão julgados a filha biológica de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, e os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva. Os três respondem por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa armada.
No início da sessão, por volta das 11h, todos vestiam calça jeans e camiseta branca de manga comprida. A defesa da ex-deputada promoveu uma ‘barreira humana’ para evitar que ela fosse fotografada. Flordelis chorou bastante. Na ocasião, estava sem aplique e com cabelo curto.
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