O Antagonista noticiou que Daniel Gomes da Silva, controlador da Cruz Vermelha, e sua secretária, Michelle Louzada Cardozo, delatores da Operação Calvário, relataram ao Ministério Público o pagamento de R$ 115 mil para suposto caixa 2 da campanha de Wilson Witzel.
O dinheiro teria sido solicitado, segundo os colaboradores, por Robson dos Santos França, conhecido como Robinho, assessor do senador Arolde de Oliveira (PSD), que apoiou a eleição de Witzel para o governo do Rio de Janeiro.
Em conversas por aplicativo entregues por Daniel Gomes, Robinho teria dito que a ajuda financeira era fundamental para garantir a vitória do ex-juiz no segundo turno. E que, em troca, o então controlador da Cruz Vermelha teria “bastante espaço para trabalhar” num eventual governo.
“Me disse que conversava com o pessoal do Witzel, que tinha poucas pessoas até então, e que na minha área de atuação (saúde) tinha bastante espaço para trabalhar, desde que ajudasse financeiramente”, disse Daniel em sua colaboração premiada.
O relato do delator foi confirmado por sua secretária Michele, responsável pelas entregas de dinheiro.
Ela também virou colaboradora e detalhou encontros com Robinho em shoppings do Rio para repassar o dinheiro.