Com 7.408 casos confirmados no estado de São Paulo, o governador João Doria anunciou que medidas mais rígidas poderão ser tomadas nos próximos dias.
Doria apoiou-se nos dados obtidos por operadoras de telefones que têm acesso a geolocalização de usuários.
Segundo esses dados, o número do isolamento caiu para 49%.
Por causa disso, o tucano garantiu que as pessoas que desrespeitarem a quarentena e fizerem aglomerações nas ruas do estado serão advertidas, mas que se insistirem poderão ser presas pela Polícia Militar.
“Se nós não elevarmos para mais de 60% na próxima semana, a prefeitura [da capital] e o governo tomarão medidas mais rígidas. Eu queria evitar isso porque medidas mais rígidas significam que as pessoas poderão receber não só multa, advertência, mas também voz de prisão”, disse em entrevista ao SP2, da TV Globo.
E completou:
“Se não houver, neste final de semana, consciência das pessoas, a partir da segunda-feira o governo tomará medidas mais rigorosas e mais duras, inclusive com a penalização e prisão das pessoas que desrespeitarem a orientação. Eu espero que não tenhamos que chegar nesse patamar e nesse nível, mas se tivermos que fazer é pela preservação da vida”.
Reação
No Twitter, a reação dos internautas foi imediata.
O perfil ‘Isentões’, que é bastante influente entre o público conservador, classificou o governador como ‘engomadinho do centrão’.
https://twitter.com/isentoes2/status/1248400072812847116?s=19
Ainda na percepção do perfil, a medida resultará na perda de apoio do governador.
O deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP) também repudiou as declarações do tucano.
Ele afirmou que “ordem ilegal não se cumpre”.
Ordem ilegal não se cumpre! Espero que a @PMESP seja legalista e se mostre uma instituição de estado e não serviçal de um playboy tirano.
Isso é um acinte ao povo Paulista! Agora João Doria ameaça sem o trabalhador que ousar sair de casa. #ForaDoria #DitaDoria pic.twitter.com/IsFdq99Uod
— Gil Diniz (@carteiroreaca) April 9, 2020