Onde você estava há cinco anos? Não consegue lembrar?
O dia era 17 de abril de 2016 e acontecia a tão esperada votação pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Neste dia, há exatos 5 anos, a Câmara dos Deputados aprovou o início do processo que derrubaria a então presidente do Brasil.
O placar final foi de 367 votos favoráveis X 137 contrários. O último discurso foi proferido às 23h47 daquele domingo tão agitado.
O Brasil inteiro parou para conferir o rumo daquela votação. Era o início do fim do PT no Planalto.
Três grandes destaques naquele dia:
O primeiro: Jair Bolsonaro, atual presidente da República, mas que era apresentado como um mero deputado federal inexpressivo.
Naquele dia, ao realizar seu voto, o então parlamentar fez menção ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Nas palavras dele, “o pavor de Dilma Rousseff”.
Na ocasião, ele lançou o seu ‘slogan’ da campanha eleitoral de 2018: Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.
O Conexão Política reproduz a declaração de Bolsonaro na íntegra.
“Neste dia de glória para o povo brasileiro, tem um nome que entrará para a história nessa data pela forma como conduziu os trabalhos dessa Casa. Parabéns presidente Eduardo Cunha. Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve. Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff. Pelo Exército de Caxias, pelas nossas Forças Armadas, por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos, o meu voto é sim”, declarou.
Enquanto o militar da reserva discursava, a internet vibrava.
O eleitorado de Bolsonaro já demostrava a imensa força que o conduziria ao Palácio do Planalto nos anos seguintes.
O segundo: Eduardo Cunha, o então presidente da Câmara.
Assentado na poltrona principal, Cunha estava satisfeito com o rumo da votação.
Afinal de contas, no dia 12 de dezembro de 2015, o mesmo veio a público para informar que tinha autorizado a abertura do impeachment contra a petista.
Dos sete pedidos de afastamento que estavam aguardando sua análise, ele deu andamento ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal.
No dia da votação, Cunha transbordava sinais de convicção que Dilma seria afastada.
O terceiro: Bruno Araújo, o então deputado federal do estado de Pernambuco.
Às 23h08, o voto do tucano completou os 342 necessários para a autorização do processo.
O plenário festejava! A missão da oposição estava cumprida.
Por fim, o Brasil agradecia. Apenas a base lulista insistia em Dilma no poder.
17 de abril: o dia que entrou para a história.
50 milhões de vacinas
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou neste sábado que o Ministério da Saúde já realizou a entrega de 50 milhões de vacinas contra a Covid-19 para Estados e o Distrito Federal.
O chefe do Executivo usou as redes sociais para comemorar a notícia.
No post, ele frisou que o Brasil é o 5° país que mais imuniza no mundo.
“Ultrapassamos a marca de 50 milhões de vacinas contra a Covid disponibilizadas. No total, nosso governo já distribuiu 53,4 milhões de doses aos estados, das quais 28,4 milhões foram aplicadas. Somos o 5° país que mais vacina no mundo. Com a aplicação de todas, seríamos o 4°”, declarou o mandatário.
Renan de volta aos holofotes
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez uma série de acusações neste sábado.
Segundo ele, há interesses na troca de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) para supostamente blindar Bolsonaro de uma eventual acusação de crime de responsabilidade.
“O Orçamento atual é um verdadeiro tour de france. Festival de irregularidades e sequestro de R$ 51 bi para emendas parlamentares e do ex-relator. Trocar ministro do TCU para tentar driblar a inconstitucionalidade do que foi aprovado pelo Congresso é absurdo”, escreveu o senador no Twitter, sem fazer menção ao nome do presidente.
Rainha Elizabeth sozinha
Com honrarias militares, o funeral do Príncipe Philip aconteceu neste sábado no Castelo de Windsor.
Houve uma rápida procissão fúnebre, seguido por um ato religioso restrito e um sepultamento totalmente privado.
Em determinado momento do velório, a rainha Elizabeth II, vestida de preto e com uma máscara da cor do vestido, sentou-se só na capela para se despedir do marido. A cena emocionou o mundo inteiro.
Na cerimônia, toda a família real britânica usou trajes civis.
A monarca descreveu o companheiro como uma verdadeira ‘força’ ao longo de décadas de casamento.
Astronautas voltam à Terra
Após quase sete meses morando e trabalhando na Estação Espacial Internacional (ISS), três membros da tripulação voltaram à Terra neste sábado na espaçonave Soyuz.
A informação foi divulgada pela agência Roscosmos.
A Soyuz MS-17 pousou no Cazaquistão, país da Ásia Central, com os russos Sergei Ryzhikov e Sergei Kud-Sverchkov, além da norte-americana Kate Rubins.
A missão foi cumprida com êxito e todos retornaram com segurança, registrou a NASA.
Covid-19 e o tipo sanguíneo
Um estudo publicado no The Journal of the American Medical Association, realizado com mais de 100 mil pessoas nos Estados Unidos, aponta que não há relação entre o tipo sanguíneo e a suscetibilidade ou não em contrair a Covid-19.
Levantamentos anteriores indicavam que indivíduos com tipo sanguíneo A eram mais vulneráveis ao vírus.
Os dados foram colhidos de 24 hospitais e 215 clínicas de três estados americanos: Idaho, Nevada e Utah.
As redes hospitalares são ligadas ao Intermountain Healthcare, um sistema de saúde sem fins lucrativos.
O estudo foi chefiado por pesquisadores da Escola de Medicina de Utah, Instituto do Coração do Centro Médico Intermountain e da Universidade de Stanford.
Derrete MBL
Nas redes sociais, os deputados Arthur do Val (Patriota-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), ambos do Movimento Brasil Livre (MBL), foram ‘detonados’ ao longo deste sábado.
Em menos de uma semana, os parlamentares protocolaram dois pedidos impeachment contra Bolsonaro devido à condução do governo federal na pandemia.
Arthur e Kim foram duramente criticados no Twitter, plataforma mais utilizada por eles para interagir com o eleitorado.
Eleitos em 2018 na ‘onda bolsonarista’, eles decidiram romper com Bolsonaro no ano seguinte.
Os internautas, porém, não esconderam a insatisfação.
Veja trechos dos principais comentários:
“Vocês não passam de moleques. Nunca mais terão meu voto! Besta é quem ainda acredita no MBL”, disse um ex-apoiador.
“MBL é especialista no método ‘uma droga, uma salada’. Uma fake news, uma crítica ao Bolsonaro. Uma difamação, um voto contra aumento de privilégios. Uma invasão à hospital, um pedido de impeachment inútil no STF”, afirmou o segundo.
“MBL é um dos maiores cânceres que surgiram a partir de 2013. Tem gente honesta na direita que hoje acha que o impeachment da Dilma foi um erro, e hoje a gente paga esse preço. Essa galera nasceu nessa onda e foi um dos braços do bolsonarismo. Agora temos que conviver com isso”, escreveu o terceiro.
A instalação da CPI da Pandemia
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), explicou os procedimentos que serão adotados para a instalação da CPI da Covid-19.
“Como é de conhecimento de todos, a opção da presidência foi instalar uma única Comissão Parlamentar de Inquérito. Além disso, ontem foram definidos os onze titulares e sete suplentes que farão parte da CPI. Agora, eu e o secretário-geral da mesa, Gustavo Sabóia, estamos definindo os procedimentos para a eleição do presidente e vice-presidente da CPI, que só poderá ser instalada após essa escolha”, disse Pacheco.
E acrescentou:
“Na próxima semana teremos o feriado de Tiradentes na quarta-feira, 21, por isso a CPI pode ser instalada na quinta-feira, 22, ou na terça-feira, 27. Esses são os dois dias possíveis. Assim que o presidente e vice-presidente da CPI forem escolhidos, ela será instalada.”