Você sabe como os “nomes de guerra” são escolhidos? Qual o tempo máximo de permanência no Serviço Militar? E quem é o Comandante Supremo das Forças Armadas? Confira essas curiosidades aqui!
- “Nome de Guerra”
Quando um jovem ingressa para as Forças Armadas, logo após um curto período, vai ganhar um “nome de guerra”. A sugestão pode vir do alistado e será submetida à avaliação do comandante da unidade em que está servindo. Geralmente, será uma abreviação do nome pessoal ou do sobrenome . O fato crucial que envolve essa marcação é que jamais pode haver mais de um indivíduo com o mesmo “nome de guerra” na mesma turma.
- Patrono do Serviço Militar
O imortal Olavo Bilac é o patrono do Serviço Militar.
Olavo Bilac nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Poeta, jornalista, fundador e membro imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), foi um grande apoiador do Serviço Militar Obrigatório, defendendo o modelo de recrutamento atual, vigente há quase um século. Ele percorreu o país conclamando os jovens para servir à Pátria. Dentre sua extensa obra, destacam-se a letra do Hino à Bandeira, a “Oração à Bandeira”, o poema épico “O Caçador de Esmeraldas” e o soneto “A Pátria”. Na data do seu nascimento, 16 de dezembro, comemora-se o Dia do Reservista. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 53 anos.
- Comandante Supremo
O Comandante Supremo das Forças Armadas é o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, são instituições nacionais organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República. Destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. Assim, o Presidente Jair Bolsonaro é o Comandante Supremo para o quadriênio 2019-2022, quando transmitirá o comando ao seu sucessor na Presidência da República.
- Força Militar brasileira está entre as maiores do mundo
Como o Brasil adota o Serviço Militar Obrigatório, sua força militar é uma das maiores do mundo, com efetivo calculado em mais de 1,6 milhão de homens em idade de reservista por ano (6º maior do mundo). Em termos de efetivo, tem o terceiro maior do continente americano e o segundo maior da América Latina. Em 2019, foi colocado na 13.ª posição na lista de maior poderio militar do mundo pelo site da Global Firepower (nas Américas, fica atrás apenas dos EUA).
- Tempo de permanência é de até 8 anos
O jovem que presta o Serviço Militar não pode seguir carreira nas Forças Armadas. Para isso, é necessário prestar concurso público. No entanto, é possível permanecer no serviço por até 8 anos (1 ano em formação e até 7 anos engajado).
Ao término da Seleção Geral, realizada pela Comissão de Seleção (CS), o cidadão poderá ser designado para a prestação do Serviço Militar em uma Organização Militar da Ativa ou ser matriculado em Órgão de Formação de Oficiais da Reserva (CPOR/NPOR), caso possua o grau de escolaridade igual ou superior à 3ª série do Ensino Médio, ou em um Tiro-de-Guerra.
- Prefeitos podem dirigir pequenas unidades militares
O Tiro-de-Guerra (TG) é uma pequena unidade militar do Exército Brasileiro encarregada de formar atiradores e cabos da segunda categoria da reserva. A organização de um TG ocorre em acordo firmado com os municípios e o Comando da Região Militar. O exército fornece os instrutores, fardamento e equipamentos, enquanto a administração municipal disponibiliza as instalações, e é formado um grupamento. Geralmente, o prefeito se torna o diretor do Tiro-de-Guerra.
Os jovens que servem nos TG recebem a denominação de “Atiradores”. Esse modelo de serviço tem mais de um século. Na década de 2010, existiam mais de 224 Tiros-de-Guerra distribuídos por quase todo o território brasileiro. Anualmente, ingressam, aproximadamente, 12 mil atiradores.
- Em 2020, serão 2,4 mil vagas para Oficiais da Reserva
Os Centros de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) ou Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) são estabelecimentos de ensino militar de formação de grau médio, da linha de ensino bélico, destinados a formar o Aspirante-a-Oficial, habilitando-o a ingressar no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército (CORE).
Para fazer parte dos centros, o cidadão deve realizar o alistamento militar convencional, sendo, no período de seleção geral, indicado para uma seleção especial. Para esta seleção, deve estar cursando nível superior e ser submetido a exame intelectual, exames físicos, exames de saúde e exames complementares. Há 49 NPOR/CPOR no país, onde são formados oficiais da reserva das cinco Armas e do Quadro de Material Bélico e do Serviço de Intendência. Em 2020, o Exército vai disponibilizar 2.432 vagas nessas áreas de serviço.
- Graduandos na área de saúde podem servir como Oficiais
Todo ano, além de jovens do sexo masculino com 18 anos de idade, o Serviço Militar Obrigatório incorpora um contingente de profissionais que se enquadram na Lei de Prestação do Serviço Militar na condição de estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária (MFDV). O período da seleção ocorre, normalmente, de setembro a novembro. O tempo de serviço total não excederá oito anos.
Profissionais que se enquadram na condição de estudantes de Medicina, Farmácia, Odontologia e Veterinária podem chegar a 1º Tenente.
- Aspirante pode chegar a 1º Tenente
O Curso de Formação de Oficiais Temporários (nos CPOR/NPOR) tem a duração de 42 semanas de instrução, sendo as 15 semanas iniciais chamadas de Período Básico, onde os alunos terão instruções voltadas para a sua formação básica de combatente, sendo esta fase comum a todos os NPOR do Brasil. As demais 27 semanas são chamadas de Período de Formação e Aplicação, onde os alunos vão se formar no Curso de Infantaria, aprendendo as funções e atributos típicos de comando de pequenas frações da Arma de Infantaria.
Ao final do curso, os alunos poderão ser selecionados para tornarem-se oficiais subalternos nas unidades do Exército Brasileiro. As prorrogações do tempo de serviço dos Oficiais Temporários convocados para o EIC poderão ser concedidas, sucessivamente, por períodos de doze meses cada uma. O tempo de serviço total não excederá oito anos.
- Cada Arma do Exército tem seu próprio símbolo
Existe uma ampla gama de especializações desempenhadas por cada integrante da Força Terrestre, abrangendo os mais diversos campos de atividades, e que, na maioria dos casos, define toda a carreira militar desses indivíduos.
São cinco as Armas do Exército Brasileiro. Elas se dividem em dois grupos: as Armas-Base (Infantaria e Cavalaria) e as Armas de Apoio ao Combate (Artilharia, Engenharia e Comunicações). Cada Arma tem um símbolo próprio.
Com informações, Governo do Brasil.