Entre os dias 14 e 15 de setembro, sob organização do Supremo Tribunal Federal (STF), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom), acontecerá o Seminário “Combate à Desinformação e Defesa da Democracia”. As informações são do jornal Gazeta do Povo.
Uma das falantes será Mayara Stelle, cofundadora da milícia digital Sleeping Giants Brasil, grupo de ativismo político de esquerda que atua intimidando empresas na internet para cancelar e desmonetizar propagandas em veículos de comunicação que não compactuam com os valores ideológicos do grupo.
O nome dela aparece como palestrante de um painel que vai debater a “regulamentação das plataformas sociais digitais e a monetização da desinformação”. O palanque será liderado pelo ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. Recentemente, o magistrado arquivou um inquérito da Polícia Civil de São Paulo contra o Sleeping Giants Brasil, que era investigado por suposta prática do crime de difamação contra a emissora Jovem Pan.
Com base na lista da programação, é possível ver que, dentre todos os participantes do seminário, Stelle é a única “estudante de direito” no painel, enquanto todos os outros debatedores são juristas e acadêmicos com carreira extensa.
Além de já ter sido alvo da Polícia Civil, as atividades suspeitas do Sleeping Giants Brasil também entraram na mira da Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) do Senado Federal, que pretende investigar possíveis abusos da organização.
Milícia digital
O Conexão Política tem chamado a atenção para a presença do Sleeping Giants Brasil. O grupo se originou como um perfil nas redes sociais, seguindo modelos internacionais, com a intenção de impactar financeiramente sites não alinhados ao espectro político de esquerda.
A ideia do Sleeping Giants surgiu nos Estados Unidos durante as eleições de 2016, com o propósito principal de iniciar boicotes voluntários contra meios de comunicação independentes que fossem considerados, por eles, ‘sexistas’, ‘racistas’ ou ‘radicais’ de alguma maneira.
Quando chegaram ao Brasil, o primeiro alvo foi o site Jornal da Cidade Online. Logo em seguida, o Conexão Política também sofreu ataques desse grupo, ainda anônimo à época.
“Não podíamos ficar parados após a desmonetização do nosso primeiro site alvo, então hoje anunciamos o segundo foco do movimento: CONEXÃO POLÍTICA”, diz uma publicação feita à época.
No que diz respeito ao CP, não foram apresentados relatórios ou documentos concretos para sustentar a afirmação de que somos disseminadores de ‘fake news’ ou ‘discurso de ódio’. As supostas ‘provas’ contra o Conexão Política estão relacionadas a publicações que ocorreram antes mesmo da existência de nosso portal de notícias e algumas matérias que foram ‘checadas’ por agências cujos critérios são subjetivos e adaptados de acordo com seus próprios interesses.
O grupo aplicou informações fora de contexto para reforçar uma narrativa difamatória, usando acusações de condutas graves a fim de excluir o Conexão Política do debate público e manter o controle sobre os conteúdos propagados por eles contra a empresa.
Conexão Política censurado
Mesmo assim, o Sleeping Giants teve êxito em suas tentativas e conseguiu desabilitar as monetizações do Conexão Política em plataformas como Google Adsense e Apoia-se. De maneira praticamente instantânea após esses ataques, essas duas empresas impediram as receitas do Conexão Política sem fornecer esclarecimentos ou oportunidade para contraposição.
Desde então, o Conexão Política, que é totalmente independente e não aceita receber dinheiro público, ficou impossibilitado de monetizar anúncios na internet.
Eis algumas das publicações veiculadas na rede social X, antiga rede social Twitter:
“Nosso segundo site alvo foi o Conexão Política, portal que acabou por ficar sem o Adsense em menos de 24h de denúncias. Vitória do Sleeping Giants”, diz outra publicação da milícia digital.
“Além disso, a campanha de arrecadação do site Conexão Política também foi denunciada e reanalisada pelo Apoia-se, e por fim excluída da plataforma”, comemorou.