A China anunciou nesta terça-feira (17) a revogação das credenciais de imprensa de todos jornalistas americanos que trabalham para três grandes jornais dos EUA, naquela que é a maior expulsão de jornalistas estrangeiros na era pós-Mao Zedong.
O Ministério das Relações Exteriores da China exigiu que todos os cidadãos norte-americanos que trabalhem no The Wall Street Journal, no New York Times e no Washington Post, cujas credenciais de imprensa expiram até o final do ano, que devolvam suas credenciais em até 10 dias corridos.
Os repórteres afetados não poderão atuar de nenhum lugar da China, incluindo os territórios semi-autônomos de Hong Kong e Macau, disse o comunicado do Ministério.
Esse é o mais recente passo de Pequim para punir os EUA pela cobertura sobre a pandemia global do coronavírus, cuja origem remonta a Wuhan, na China.
Reação dos EUA
“A decisão do Partido Comunista Chinês de expulsar jornalistas da China e Hong Kong é mais um passo para privar o povo chinês e o mundo do acesso a informações verdadeiras sobre a China”, twittou o Conselho de Segurança Nacional.
The Chinese Communist Party’s decision to expel journalists from China and Hong Kong is yet another step toward depriving the Chinese people and the world of access to true information about China. (1/2)
— NSC 45 Archived (@WHNSC45) March 17, 2020
“Os Estados Unidos pedem aos líderes da China que repensem seus esforços para expulsão de jornalistas e disseminação de desinformação para se unir a todas as nações no combate ao coronavírus de Wuhan”.
The United States calls on China’s leaders to refocus their efforts from expelling journalists and spreading disinformation to joining all nations in stopping the Wuhan coronavirus. (2/2)
— NSC 45 Archived (@WHNSC45) March 17, 2020
Recentemente a administração de Donald Trump determinou que a China retirasse 60 de seus cidadãos alocados em empresas de comunicação do Partido Comunista Chinês dos Estados Unidos após 3 jornalistas americanos terem sido expulsos da China no mês passado.