Mais de 6,6 milhões de pessoas solicitaram seguro-desemprego na semana passada nos Estados Unidos, número semelhante ao da semana anterior. Ao todo, cerca de 15 milhões de americanos solicitaram o benefício em três semanas enquanto a economia americana é paralisada devido ao coronavírus chinês.
A expectativa é que o número de desempregados continue aumentando nas próximas semanas. As empresas estão ficando sem suas reservas financeiras, obrigando que empresários recorram às demissões.
Até 50 milhões de trabalhadores estão vulneráveis aos efeitos do coronavírus na economia americana, dizem economistas — cerca de um terço de todos os empregos nos Estados Unidos. Esse número é baseado no cálculo de posições consideradas não essenciais pelos governos estaduais e federal e que não podem ser realizadas a partir de casa. É improvável que todos esses trabalhadores sejam demitidos, mas a análise sugere a extraordinária magnitude do desemprego que poderia resultar da pandemia originada na China.
Beth Ann Bovino, economista-chefe da S&P Global Ratings, disse achar que as demissões vão elevar a taxa de desemprego para 15% no próximo mês, com pelo menos 13 milhões de empregos perdidos em todo o país. Considere que, durante a Grande Recessão, que terminou em 2009, o desemprego nunca foi superior a 10%.
“É inacreditável que eu esteja dizendo isso”, disse Bovino. “É incompreensível”, finalizou.